》Alunos de Idaho: Sobrevivente de massacre brutal fala pela 1ª vez em depoimento emocionante: “O medo nunca vai embora” – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Bethany Funke, uma das duas jovens que sobreviveram ao assassinato brutal de quatro estudantes da Universidade de Idaho, falou pela primeira vez sobre o trauma que carrega desde o crime. Sua declaração foi lida, entre lágrimas, pela amiga Emily Alandt durante a audiência de sentença de Bryan Kohberger.

Bethany optou por não comparecer pessoalmente ao tribunal. “Eu tive medo de que a pessoa que fez isso viesse atrás de mim em seguida”, lamentou, no documento obtido pela People. A jovem relatou que, desde a tragédia, não consegue dormir uma noite inteira e convive com o medo constante de perder pessoas próximas: “O medo nunca vai embora de verdade”. 

Mesmo abalada, ela contou que tenta seguir em frente como uma forma de honrar a memória dos amigos: “Todos os dias eu me lembro de viver por eles”. As vítimas fatais de Bryan Kohberger foram Madison Mogen, 21 anos; Kaylee Goncalves, 21; Xana Kernodle, 20; e Ethan Chapin, 20.

Bryan Kohberger confessou os assassinatos dos quatro estudantes em Idaho, nos Estados Unidos. (Foto: Divulgação/Monroe Co. Correctional Facility)

Desde o início do processo, Bethany evitou a exposição pública e chegou a contestar uma intimação feita pela defesa de Bryan. Ela e Dylan Mortensen, a outra sobrevivente que também estava na casa na noite do crime, prestaram depoimentos durante a audiência. Foi a primeira vez que as duas falaram publicamente sobre o caso.

No dia 2 de julho, Bryan confessou os assassinatos durante uma audiência no tribunal. Na manhã desta quarta-feira (23), ele foi condenado à prisão perpétua, segundo o E! News. O autor dos crimes também não terá direito à liberdade condicional.

O juiz Steven Hippler condenou Bryan a dez anos de prisão pela acusação de roubo, além de impor uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 275 mil) pelo mesmo crime. Já pelos homicídios, ele deverá pagar uma multa de US$ 50 mil por cada vítima, além de uma penalidade civil de US$ 5 mil (mais de R$ 27 mil) a ser paga para cada uma das famílias dos estudantes assassinados.

Poucas semanas antes do início do julgamento, Bryan aceitou um acordo judicial que retirava a possibilidade de pena de morte, desde que ele se declarasse culpado pelos quatro assassinatos. Como parte do acordo, ele também abriu mão do direito de recorrer da decisão.

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Os quatro amigos foram encontrados mortos em cena de crime brutal, numa casa próxima ao campus. (Fotos: Reprodução)

Relembre o caso

Bryan Kohberger foi preso em 30 de dezembro de 2022, acusado de matar a facadas Kaylee, Ethan, Xana, e Madison. O crime ocorreu em 13 de novembro do mesmo ano. No dia, a polícia recebeu um chamado envolvendo um “indivíduo inconsciente”. 

Todas as vítimas eram alunas da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima da caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo o The New York Times, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.

À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando no quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui. 

Dylan Mortensen, Kaylee Gonçalves, Madison Mogen, Ethan Chapin, Kernodle e Bethany Funke. (Foto: Arquivo pessoal)

Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estava numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa após 1h45 da manhã.



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