》Após conclusão de relatório, PF aponta ação de Eduardo Bolsonaro para enganar o governo de Donald Trump; veja mensagem – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Resumo da Notícia

A Polícia Federal indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro por tentativa de golpe e coação contra o STF. Eduardo, nos EUA, teria tentado enganar autoridades norte-americanas para proteger o pai. PF aponta atuação coordenada para atacar instituições brasileiras e desestabilizar o Judiciário. Silas Malafaia também é citado por envolvimento estratégico.

A Polícia Federal concluiu, nesta quarta-feira (20), o relatório que indiciou Jair Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por empenharem-se em obstruir o julgamento por tentativa de golpe de Estado. Conforme a coluna de Leonardo Sakamoto, do UOL, a corporação acredita que o deputado federal executou meios para “ludibriar o governo dos Estados Unidos para atingir seus objetivos criminosos”.

A PF também informou que o relatório foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Jair é réu no processo. Assim como o pai, Eduardo é acusado de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, buscando restringir o funcionamento dos poderes constitucionais.

O inquérito apontou que o deputado, que atualmente está nos EUA, tem utilizado sua atuação internacional para deslegitimar as instituições brasileiras e proteger Bolsonaro no processo que está em andamento no STF.

Em mensagem recuperada no celular de Jair, Eduardo enviou uma imagem para o pai e fez um alerta. “Torce para a inteligência americana não levar isso aqui ao conhecimento do [presidente Donald] Trump”, declarou. A imagem não pôde ser recuperada pela PF. A mensagem, entretanto, deixou evidente que algo estaria sendo escondido do mandatário norte-americano.

Polícia Federal concluiu inquérito que investiga Jair e Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram)

O ex-presidente, por sua vez, respondeu com uma mensagem de áudio, cujo conteúdo também não foi recuperado. Ele encaminhou a imagem do trecho de uma entrevista à CNN, em que defendeu que o filho estaria certo.

O relatório concluiu que ambos atuaram em “unidade de desígnios, coordenando narrativas, discursos e publicações, inclusive em inglês, para enganar autoridades estrangeiras e coagir ministros do STF”. Para os investigadores, a estratégia tinha o objetivo de garantir a impunidade de Jair no processo em que é réu.

A PF destacou que as ações de pai e filho não só colocaram em risco a independência do Judiciário, mas também geraram impactos econômicos e diplomáticos significativos ao país.

“Constata-se, portanto, que os investigados atuaram com consciência e vontade no intuito de convencer autoridades governamentais estrangeiras, induzindo-as em erro, para aplicar sanções contra o Estado Brasileiro e autoridades nacionais constituídas, de forma a satisfazer interesses pessoais ilícitos”, diz o relatório.

Por fim, a corporação declarou que Silas Malafaia tem atuado “na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas que, em última instância, visam a coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito STF possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.

Pastor Silas Malafaia foi alvo de busca e apreensão da PF (Foto: Marcos Corrêa/PR)



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