》Bomba! Trump quer cortar o financiamento dos EUA a OTAN – Expresso Noticias

Vamos ao assunto:

Proposta prevê redução de quase 50% no orçamento do Departamento de Estado e eliminação de recursos para entidades multilaterais, diz NYT

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estuda um plano para reduzir significativamente os recursos destinados a organizações internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

As informações foram divulgadas pelo The New York Times na segunda-feira, 14, com base em fontes oficiais e em um memorando interno obtido pela publicação.

De acordo com o jornal, a proposta orçamentária prevê a redução de quase metade do orçamento do Departamento de Estado e o corte de quase todos os financiamentos direcionados a entidades multilaterais.

As medidas atingiriam ainda operações de manutenção da paz, programas globais de saúde, iniciativas de intercâmbio educacional e cultural, além de ações de assistência humanitária. Para essas últimas, os cortes superariam 50%.

A Associated Press confirmou a existência do plano e, segundo a agência, um alto funcionário do governo descreveu o esboço orçamentário como “agressivo” em seus objetivos de contenção de despesas. A proposta, no entanto, ainda precisa ser submetida a diversas instâncias internas de avaliação antes de ser enviada ao Congresso para deliberação.

Entre os pontos centrais do plano está a reestruturação do financiamento internacional dos Estados Unidos.

De acordo com o The New York Times, a intenção do governo seria redirecionar os recursos para prioridades domésticas e para programas com impacto direto na política externa do país, excluindo iniciativas consideradas de caráter multilateral.

Os cortes previstos no esboço orçamentário não se limitam às contribuições regulares dos Estados Unidos às organizações. Eles afetariam também programas específicos mantidos por essas instituições em regiões em conflito, em áreas de desenvolvimento e em respostas humanitárias a crises internacionais.

A proposta também inclui a revisão de acordos de cooperação e convênios com organizações internacionais em que os Estados Unidos atuam como principais financiadores. Segundo fontes ouvidas pela imprensa norte-americana, a medida poderia afetar a capacidade de atuação dessas entidades e comprometer projetos em andamento.

Questionada sobre os rumores de cortes no financiamento à Otan, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que o governo “permanece totalmente comprometido com o bloco militar”.

Ela acrescentou, no entanto, que os Estados Unidos consideram a aliança atlântica “principalmente como um mecanismo de dissuasão e não como instrumento de guerra”.

A Otan é formada por 31 países e atua como aliança político-militar voltada à defesa coletiva dos Estados-membros. Os Estados Unidos respondem pela maior parte dos gastos operacionais da organização e têm papel central em suas decisões estratégicas.

Nos últimos anos, a participação norte-americana em instituições multilaterais tem sido objeto de debate no país. Em seu mandato anterior, Donald Trump adotou uma postura crítica em relação à ONU, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e a outras entidades internacionais, alegando que os Estados Unidos arcavam com uma parcela desproporcional dos custos dessas organizações.

A nova proposta de orçamento retoma essa abordagem e amplia a iniciativa de revisar os compromissos financeiros internacionais do país. A medida deve gerar reações no Congresso, onde o apoio bipartidário a programas de ajuda humanitária e à cooperação internacional pode dificultar a aprovação de cortes amplos.

Especialistas em política externa ouvidos por veículos norte-americanos avaliam que eventuais reduções significativas no financiamento de organismos multilaterais podem afetar o alcance global da diplomacia dos Estados Unidos e sua influência em temas como segurança internacional, saúde pública e desenvolvimento sustentável.

O memorando obtido pelo The New York Times não apresenta datas específicas para a implementação dos cortes, mas indica que o governo pretende encaminhar a proposta ao Congresso como parte do processo orçamentário federal ainda neste semestre.

O impacto total da medida dependerá das negociações parlamentares e da capacidade do governo em articular apoio político para a aprovação das mudanças. Até o momento, não houve manifestação oficial da Casa Branca sobre o teor do memorando divulgado.

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