》Colega de gari morto em MG revela conversa com empresário antes do crime: “Vai matar a gente trabalhando?”; assista – ExpressoNoticias

Resumo da Notícia

O gari Thiago Vieira e a motorista Elen Dias relataram ter alertado o empresário Renê da Silva antes do disparo que matou Laudemir Fernandes, em BH. Revoltado com o caminhão de coleta, Renê sacou a arma, ignorou os avisos e atirou. O crime gerou comoção, e a viúva do gari pediu por justiça. Renê foi preso e responde por homicídio qualificado.

O disparo atingiu a região torácica da vítima, que foi levada para o Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu. Júnior fugiu sem prestar socorro, mas foi detido enquanto treinava em uma academia de alto padrão, no bairro Estoril, horas após o crime. Conforme os agentes, um cerco foi montado no perímetro do estabelecimento para evitar a fuga.

Veja:

Momento da prisão do empresário Renê da Silva, que matou um gari e fugiu num carro elétrico. Horas depois foi preso numa academia. Veja ele tentando esconder o rosto. Se diz patriota e cristão. Confessou ter usado a arma da esposa, delegada,no ass4ssinato. pic.twitter.com/Ln18q18ysY

— GugaNoblat (@GugaNoblat) August 12, 2025

“Não precisava chegar a esse ponto, porque até mesmo o indivíduo que causou esse transtorno, essa dor, até mesmo a essa família foi avisado três vezes por mim, dizendo para ele: ‘Vai atirar? Você vai matar a gente trabalhando?’”, recordou Thiago, à reportagem.

Segundo Elen Dias Aparecida Rodrigues, motorista do caminhão, Renê se irritou porque o veículo da limpeza dificultava a passagem do carro. “Ele [estava] no carro dele, eu no caminhão. Eu chamando ele para passar, aí ele foi e colocou a arma em punho”, contou ela.

O suspeito conseguiu passar com o veículo, mas mesmo assim desembarcou e atirou contra Laudemir. Conforme a polícia, ele foi identificado por três testemunhas. Renê foi detido em flagrante pelos crimes de ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ao ser abordado pelos agentes, o empresário negou o delito e argumentou ser casado com a delegada Ana Paula Nogueira. A Corregedoria de Polícia ainda apreendeu duas armas no apartamento do casal.

“A arma institucional está vinculada ao inquérito policial instaurado na corregedoria para apuração de eventual infração por parte da servidora. Ela foi ouvida, e disse que seu esposo não tinha acesso a esse armamento. E que, portanto, ela desconhecia qualquer tipo de envolvimento dele em prática criminosa”, afirmou Saulo Castro, delegado da Corregedoria da Polícia Civil MG.

A viúva do gari, Liliane França da Silva, se pronunciou, aos prantos. “Eu não tenho mais ele por causa de uma injustiça, de uma falta de respeito de um cidadão que acordou de mau humor. Quero Justiça, eu quero justiça e respeito. Respeita os garis. Respeito, eles estão limpando, eles estão fazendo o serviço deles. Respeitem eles”, pediu ela.

Laudemir foi enterrado hoje, em Contagem. Na ocasião, parentes e colegas usaram roupas laranja em homenagem ao gari.

Assista à íntegra: