》Cooperação China-Camboja desafia lógica do poder ocidental – Expresso Noticias

Chanceleres celebram parceria histórica e projetam cooperação para estabilidade, segurança e crescimento em meio a um cenário global turbulento

Anning, na província chinesa de Yunnan, foi palco nesta quinta-feira (14) de um encontro diplomático de alto nível que reforçou a parceria histórica entre China e Camboja. O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi — que também integra o Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China — recebeu o vice-primeiro-ministro e chanceler cambojano, Prak Sokhonn, em meio à décima Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Cooperação Lancang-Mekong (LMC).

O diálogo entre os dois representantes ocorreu poucos meses depois de um marco nas relações bilaterais. Em abril deste ano, o presidente chinês Xi Jinping realizou uma visita de Estado ao Camboja, ocasião em que, segundo Wang, os líderes “lideraram conjuntamente a melhoria das relações China-Camboja e elaboraram um projeto para a construção de uma comunidade China-Camboja para todas as condições, com um futuro compartilhado na nova era”.

Leia também:
Houthis desafiam Israel com míssil hipersônico
Namíbia encara a sombra da desigualdade
TVT comemora 15 anos com alcance de sinal para todo o país

Apoio à estabilidade e ao desenvolvimento

Wang destacou que Pequim mantém seu compromisso de apoiar o Camboja na preservação da estabilidade política, no estímulo ao crescimento econômico e na elevação das condições de vida da população. O chanceler reforçou que a China está disposta a “fortalecer a cooperação com o Camboja para trazer mais benefícios ao povo cambojano e contribuir para o desenvolvimento e a prosperidade regionais”.

O ministro também aproveitou a ocasião para refletir sobre o contexto internacional. “Diante de um cenário internacional repleto de mudanças e turbulências, o mundo precisa de paz e tranquilidade”, afirmou. Para Wang, há um simbolismo especial no fato de a reunião ocorrer em Anning — nome que, em chinês, significa “paz e tranquilidade”. O encontro, segundo ele, é uma oportunidade para que os países da LMC “discutam planos de desenvolvimento, peçam paz e construam consenso sobre a paz”.

Combate a crimes transfronteiriços

Outro ponto abordado foi a segurança regional. Wang elogiou as ações do governo cambojano contra crimes digitais, dizendo que “a China aprecia a campanha do Camboja para reprimir jogos de azar online e fraudes em telecomunicações”. Ele acrescentou que espera a continuidade de “medidas fortes” e a ampliação da cooperação com países vizinhos para combater atividades criminosas transfronteiriças.

Prak Sokhonn, por sua vez, afirmou que o Camboja atribui alta prioridade à relação com Pequim e expressou gratidão “pelo apoio e ajuda altruístas” recebidos. O vice-primeiro-ministro disse esperar que, com essa parceria reforçada, “o nível de cooperação seja aumentado e resultados mais frutíferos sejam alcançados”.

Estabilidade e integração regional

O representante cambojano reiterou que seu país está “totalmente comprometido com os esforços de paz” e demonstrou otimismo de que a reunião de ministros contribua para “acelerar a cooperação Lancang-Mekong e promover a prosperidade e a estabilidade regionais”.

Wang aproveitou o diálogo para tratar das relações entre Camboja e Tailândia, ressaltando que “tanto o Camboja quanto a Tailândia são bons vizinhos e amigos da China” e defendendo que as partes “aumentem o engajamento e restaurem a confiança mútua”. Ele também declarou que Pequim acredita na capacidade dos países envolvidos de solucionar suas diferenças “por meio do diálogo e da consulta” e reiterou o apoio à ASEAN para “manter a solidariedade” do bloco.

Prak Sokhonn informou ainda sobre a situação recente entre Camboja e Tailândia e agradeceu “os esforços ativos da China na promoção de negociações de paz e no alívio das tensões”.

Com informações de Agências de Notícias*