》Diretor da UNICEF alerta que crianças na Faixa de Gaza “estão morrendo em um ritmo sem precedentes” – Expresso Noticias

Vamos ao assunto:

O diretor-executivo adjunto da UNICEF, Ted Chaiban, depois de sua última viagem aos territórios palestinos ocupados por Israel, fez uma denúncia sobre a situação das crianças na Faixa de Gaza: “estão morrendo em um ritmo sem precedentes”. É a sua quarta visita à região desde 2023, e ele ressaltou que “as marcas do sofrimento profundo e a fome” são evidentes “nos rostos das famílias e das crianças”

Em uma conversa com representantes da imprensa, Chaiban alertou que as altas temperaturas, combinadas com a escassez de água produzida pelo estado de Israel, representam um “risco iminente” de difusão de surtos de doenças em Gaza.

“Estamos em uma encruzilhada. As decisões que agora vão ser tomadas vão determinar se dezenas de milhares de crianças vão viver ou morrer. Sabemos o que se tem de fazer e o que se pode fazer. A ONU e as organizações não governamentais que integram a comunidade humanitária podem enfrentar isto”, ele afirmou.

Dados coletados nessa viagem revelaram que Gaza superou o limiar da fome. Uma em cada três pessoas da Faixa passam dias sem comer e a desnutrição aguda global chegou a 16,5% da população na cidade de Gaza. Hoje, há mais de 320 mil crianças pequenas em risco de sofrer desnutrição aguda.

O representante da Unicef relatou ter conhecido “as famílias dos 10 meninos assassinados e os 19 feridos por um ataque aéreo israelita, enquanto estavam na fila com as mães e os pais em uma clínica nutricional em Deir el-Balah.” Ele reforçou: “As crianças que conheci não são vítimas de um desastre natural. Estão deslocadas e bombardeadas”.

A Unicef fornece 2,4 milhões de litros de água por dia na Faixa de Gaza, oferece apoio psicossocial a crianças, mantém recém-nascidos vivos e distribui leite para os bebês mais vulneráveis.

“Há muito que fazer. Nós pedimos que entre mais ajuda humanitária e comércio para estabilizar a situação e reduzir o desespero da população”, Chaiban afirmou. Ele ainda criticou o fato de que “as crianças não deveriam morrer enquanto fazem fila em um centro nutricional ou recolhem água”, se referindo à situação da Gaza Humanitarian Foundation, gerida por Israel e os EUA.
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