domingo, abril 20, 2025
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》Mulher aponta o que provocou discussão com João Neto, preso por agressão; novas imagens são divulgadas – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

A mulher que denunciou João Neto, advogado criminalista e influenciador, detalhou o que teria sofrido nesta segunda-feira (14), em Maceió. Segundo o UOL, que teve acesso ao boletim de ocorrência, ela contou que foi empurrada, caiu e se machucou quando ele tentava expulsá-la do apartamento onde moravam, no bairro de Jatiúca.

Em seu relato, a vítima de 25 anos afirmou que estava no quarto quando o advogado abriu a porta e reclamou por ela não estar fazendo nada. João teria dito aos prestadores de serviço na residência que eles eram testemunhas e, em seguida, puxou a jovem da cama. Ela disse que teria pedido para que ele não a tocasse.

A mulher afirmou que após ser retirada da cama à força, foi empurrada pelo companheiro e se segurou para não ser expulsa do apartamento. Essa versão foi corroborada por um dos prestadores de serviço que estavam no local. Segundo ele, João disse que queria expulsar a vítima.

Conforme depoimento, a mulher caiu após o empurrão e acabou batendo o queixo no chão. João também foi ao chão. Em sua versão, ele alegou ter dito à companheira que “não teria condições de continuar com a relação” e pediu que ela saísse do local.

João Neto está preso preventivamente sob suspeita de lesão corporal, com base na Lei Maria da Penha. (Foto: Reprodução)

Ele declarou que, mesmo após mandar a mulher sair da residência, percebeu que ela “ainda se encontrava no quarto, deitada na cama com ar condicionado ligado“, e afirmou que pegou a denunciante “pela barriga para levá-la para fora“. No entanto, segundo ele, o piso é liso e ambos acabaram escorregando.

A queda provocou um corte profundo no queixo da mulher, que precisou ser levada para um hospital, onde levou três pontos. As câmeras de segurança registraram a denunciante deixando o apartamento ensanguentada. A defesa de João Neto também publicou as imagens internas da residência nas redes sociais. É possível ver um dos prestadores de serviço testemunhando a cena.

Assista:

Agressões e prisão preventiva

A mulher também declarou à polícia que já sofreu outras violências de João Neto, mas que nunca chegou a fazer as denúncias. Em um dos casos relatados, em outubro de 2024, ela afirmou ter sido empurrada e batido a cabeça na cabeceira da cama, além de ter sido segurada pelo pescoço e ameaçada com arma de fogo. Os dois mantinham um relacionamento de dois anos.

João Neto está preso preventivamente sob suspeita de lesão corporal, com base na Lei Maria da Penha. Ele negou ter agredido a companheira e disse que uma queda involuntária provocou o ferimento. As autoridades também pediram uma medida protetiva para que ele fique a uma distância mínima de 500 metros da vítima, além de vetar qualquer contato.

João Neto divulgou imagens internas da residência nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

Em nota à imprensa, a defesa de João Neto afirmou que “os fatos divulgados não refletem a realidade do ocorrido“. “Não houve qualquer ato de violência por parte do acusado. Trata-se de um episódio isolado, decorrente de um acidente em que ambas as partes caíram, sem conduta dolosa. Ressalte-se que, no momento, o piso do apartamento encontrava-se molhado em razão de limpeza, contribuindo diretamente para o ocorrido“, diz o documento assinado pelos advogados Minghan Chen, Cícero Pedrosa e Vinicius Guido Santos.

Segundo a defesa, foi entregue o vídeo que “comprova a dinâmica dos fatos, reforçando a tese de acidente e descaracterizando qualquer cenário de agressão“. Os advogados também declararam desconhecer “todas as imputações de agressões” que foram dadas pela vítima em seu depoimento.

OAB se pronuncia

Diante da repercussão do caso, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que “adotou as medidas necessárias no âmbito do Tribunal de Ética da OAB/AL e oficiou a Seccional da Bahia para tomar as providências cautelares que a situação requer, considerando que o acusado possui inscrição originária na OAB/BA“.

Ressalta-se que qualquer conduta que possa configurar inidoneidade moral ou crime infamante será devidamente apurada, com observância estrita do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, consagrados na Constituição da República e no Estatuto da Advocacia. Por fim, a OAB/AL reafirma seu compromisso com a legalidade, a ética e a justiça, reiterando que, quando for o caso, não tolerará quaisquer desvios de conduta, sobretudo aqueles que tratem de violência contra as mulheres e que atentem contra os preceitos que regem o exercício da advocacia“, concluiu.



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