》Mulher finge pedir táxi em ligação e troca mensagens com policial para escapar de agressão em MS; veja as mensagens – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Resumo da Notícia

Uma jovem de 25 anos escapou de uma agressão em Maracaju (MS) ao fingir pedir um táxi, quando na verdade ligava para um policial militar. O tenente-coronel Nelson Tolotti percebeu o pedido de socorro e mobilizou a equipe, que encontrou a vítima ferida e ameaçada pelo ex-companheiro de 23 anos. O homem foi preso em flagrante por violência doméstica e descumprimento de medida protetiva.

Uma mulher de 25 anos foi salva de uma agressão do ex-companheiro na zona rural de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, após bolar uma estratégia para escapar sem levantar suspeitas. Ela ligou diretamente para um policial militar e fingiu estar pedindo um táxi. A ligação, feita na manhã desta terça-feira (2), mobilizou o comandante do 15º Batalhão da PM, tenente-coronel Nelson Vieira Tolotti, que rapidamente percebeu se tratar de um pedido de socorro. O agressor, de 23 anos, foi preso em flagrante e levado à delegacia.

Durante a chamada, a vítima simulou estar em busca de transporte, mas ao ser informada de que havia ligado para um policial e não para um taxista, ela respondeu: “É isso mesmo”. Ao g1, Tolotti relatou que, naquele momento, entendeu o contexto. “No fundo eu notei uma voz masculina, a voz dela estava bem trêmula também e ai quando o cara gritou para que ela colocasse no viva voz, aí eu entendi”, disse.

Para não colocar a vítima em risco, o comandante continuou a conversa por mensagem e solicitou que ela enviasse a localização da fazenda, a mais de 60 km do centro de Maracaju.

Mulher pede táxi a policial para se salvar de ameaça de morte em MS (Foto: Reprodução/g1)

Assim que os policiais chegaram ao local, encontraram a mulher com sinais de agressão e apuraram que ela foi ameaçada com uma faca e um martelo. A vítima ainda relatou ter levado socos e puxões de cabelo, e confirmou que já havia sido alvo de violência por parte do mesmo homem anteriormente. Uma medida protetiva estava em vigor desde fevereiro de 2025.

Além de descumprir essa ordem judicial, o agressor tem histórico criminal, com sete ocorrências anteriores. De acordo com a polícia, ele tentou resistir à prisão e precisou ser algemado. O suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Maracaju e vai responder por violência doméstica e desobediência à medida protetiva.

Após o resgate, a mulher foi encaminhada ao Hospital Soriano de Maracaju para atendimento médico. Ela seguirá sob os cuidados da Delegacia de Atendimento à Mulher e será acolhida por uma rede de apoio especializada do município.

Casos semelhantes ocorreram recentemente no estado. No início de agosto, uma mulher em Campo Grande pediu “dipirona” ao ligar para a PM, e os agentes entenderam que se tratava de um pedido de socorro. O mesmo código foi usado na semana seguinte por uma mulher de 25 anos em Rio Brilhante, que também denunciava agressões. Em ambos os casos, os agressores foram presos.

Como denunciar um caso de abuso sexual, estupro e/ou agressão?

No Brasil, o serviço Disque 100 é um número do Governo Federal que dá orientações e registra casos de violação de Direitos Humanos. Funciona diariamente, das 8h às 22h. As mulheres que estejam passando por situação de violência física, psicológica ou sexual, também podem procurar a Central de Atendimento à Mulher, no Disque 180. O telefone funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A denúncia ainda pode ser feita através do formulário disponível em 

Vítimas de estupro também podem procurar hospitais para prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Caso o intuito seja denunciar, é importante buscar uma delegacia especializada em atendimento a mulheres ou a mais próxima do local.



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