》Muro da fronteira dos EUA será pintado com tinta preta para ser hostil – Expresso Noticias

Vamos ao assunto:

A tinta preta aumenta a temperatura da estrutura e protege contra ferrugem, mas críticos apontam efeitos simbólicos e psicológicos sobre migrantes


A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, anunciou nesta terça-feira (19) que todo o muro na fronteira sul com o México será pintado de preto. Segundo ela, a medida tem o objetivo de deixar a estrutura metálica mais quente sob o sol e, assim, dificultar a escalada por imigrantes que tentam entrar ilegalmente no país.

Noem fez o anúncio durante visita a um trecho da barreira no Novo México, onde chegou a pegar um rolo de pintura para participar simbolicamente do trabalho. Ela aproveitou para atribuir a ideia diretamente ao presidente Donald Trump, destacando que a decisão faz parte de uma estratégia mais ampla de segurança de fronteira.

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Isso é especificamente a pedido do presidente, que entende que, com as altas temperaturas aqui, quando algo é pintado de preto, fica ainda mais quente e dificulta ainda mais a escalada. Por isso, vamos pintar todo o muro da fronteira sul de preto para garantir que incentivamos as pessoas a não entrarem ilegalmente em nosso país”, afirmou a secretária.

Além do efeito de dissuasão contra imigrantes, o chefe da Patrulha de Fronteira dos EUA, Mike Banks, que acompanhava o evento, destacou que a pintura ajudará a proteger o muro contra ferrugem, prolongando sua durabilidade.


Um símbolo da política migratória de Trump

A construção do muro na fronteira foi um dos pontos centrais da primeira gestão de Trump, marcada por uma política imigratória de linha dura. Já em seu segundo mandato, o foco principal do governo mudou para a execução de deportações em massa, com prisões em várias cidades do interior do país.

Mesmo assim, o muro permanece como uma das prioridades. O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) receberá cerca de US$ 46 bilhões para concluir a obra, dentro de um pacote de financiamento aprovado pelo Congresso neste verão.

Segundo Noem, atualmente estão sendo erguidos cerca de 800 metros de barreira por dia. A secretária ressaltou, porém, que o aspecto final da estrutura varia conforme a região:
“O muro da fronteira terá uma aparência muito diferente dependendo da topografia e da geografia do local onde for construído”, explicou.


Estrutura além do muro físico

Além das barreiras metálicas, Noem destacou que o governo também está investindo em “infraestrutura aquática”, voltada especialmente para as áreas em que a fronteira é marcada pelo Rio Grande, no Texas. Esse trecho representa uma parte significativa dos aproximadamente 3.200 quilômetros que separam os Estados Unidos do México.

Curiosamente, o avanço na conclusão do muro ocorre em um momento em que os números oficiais mostram que o fluxo de imigrantes cruzando a fronteira ilegalmente caiu drasticamente nos últimos meses. Mesmo assim, Trump e seus aliados reforçam que a finalização da obra é necessária para manter o controle da imigração e fortalecer a segurança nacional.

Com informações de AP*

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