》Pai de menina que morreu após “desafio do desodorante” faz forte desabafo e aponta culpados: “Não é só um” – ExpressoNoticias

Sarah deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) no dia 10 de abril, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela foi reanimada por 60 minutos, mas não apresentou reflexos. A morte cerebral foi constatada no mesmo dia, e o óbito foi declarado oficialmente no domingo (13). A família registrou a ocorrência.

Durante a entrevista, Cássio alertou sobre os riscos da internet para o público infantil, destacando que a web é “terra livre e sem leis”. O pai, visivelmente abalado, atribuiu a responsabilidade do ocorrido às plataformas digitais.

Segundo ele, o TikTok teve um papel direto na tragédia, por permitir a disseminação do vídeo “criminoso”. “Antes, a insegurança dos nossos filhos era eles irem para a rua, mas agora a insegurança está dentro de casa, no celular”, lamentou.

Ele reforçou que a culpa não deve recair apenas sobre quem publica o conteúdo: “Por trás do autor, que publicou o vídeo, tem o coautor, que é a plataforma que está deixando a pessoa mostrar o vídeo explicitamente para quem ela quiser. Não é só um culpado”.

Cássio ainda relatou que a filha tinha acesso limitado ao celular, mas que, mesmo assim, não foi suficiente para protegê-la. “Você pode proibir, mas um segundo que ela fica com o celular na mão, pode ser prejudicial à saúde de uma criança. Porque uma criança tem uma mente altamente fácil de manipular”, explicou.

Comovido, o pai falou sobre o legado da filha e o que espera da repercussão do caso: “O sonho dela era salvar vidas. Se por meio desse barulho, dessa comunicação, ela conseguir salvar uma vida, a meta dela nesse mundo foi feita. Ela falava que o sonho dela era ser médica para salvar vidas. Um sonho tão puro”.