》Polícia revela o que empresário preso por matar gari em MG pesquisou na web após o crime – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Resumo da Notícia

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, indiciado pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes em MG, pesquisou na internet as consequências do crime após sair do trabalho, segundo a polícia. Ele também apagou conversas com a esposa, a delegada Ana Paula Lamego, e acompanhou rádios locais para checar a repercussão. Renê ainda mentiu em depoimento, alegando não saber que havia atingido a vítima.

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, indiciado pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, em Minas Gerais, pesquisou quais seriam as consequências pelo crime. De acordo com informações divulgada pelo UOL neste sábado (30), ele também apagou conversas que mantinha com a esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira.

O delegado responsável pelo caso, Evandro Radaelli, informou que Renê fez a pesquisa após sair do trabalho. “Com base na extração do celular do investigado, podemos concluir que ele realizou, após a prática do crime e depois de sair do trabalho, diversas pesquisas referentes às consequências do que havia praticado”, declarou.

O empresário ainda procurou saber se houve repercussão do crime na imprensa mineira. Segundo Radaelli, Renê usou o comando do carro elétrico que dirigia para sintonizar na rádio Itatiaia para descobrir se havia alguma suspeita contra ele. Além disso, o delegado afirmou que o indiciado mentiu para a polícia. Renê deu informação falsa durante depoimento, quando admitiu ter atirado contra Laudemir, mas que não sabia que havia atingido o gari e por isso foi embora do local sem prestar socorro.

Empresário é casado com delegada. (Foto: Reprodução/Instagram)

“Em uma das versões, ele disse que disparou com a arma de fogo, mas que não sabia que havia praticado o crime de homicídio. Nós desqualificamos essa declaração que ele prestou. Apuramos que ele teve ciência do que praticou, tanto que fez pesquisas com a palavra gari e pesquisou o nome da rua em que estava”, afirmou Radaelli.

O empresário também mentiu sobre a arma da esposa, já que ele fazia uso recorrente com o consentimento dela. “Apuramos que ela [Ana Paula] tinha ciência de que ele [Renê] andava armado habitualmente e consentia com o comportamento, analisando todas as conversas que tiveram”, disse o delegado.

Ele declarou que não foi possível confirmar se Ana Paula sabia do assassinato porque, antes de ser preso, Renê deletou vária mensagens que trocou com a ela em um aplicativo. “Não sabemos se ela teve ciência na hora do fato [em que o crime ocorreu] ou quando a polícia o encontrou na academia. Ele apagou todas as conversas com ela no dia do crime e [os dois também] conversaram por chamada de voz”, afirmou.

Renê confessou o crime após negar ter assassinado o gari (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Renê foi indiciado e responderá por três crimes: homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e meios que impediram a defesa da vítima, ameaça contra a motorista do caminhão de lixo e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Juntas, as penas somam cerca de 35 anos de prisão.

Já Ana Paula foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e pode pegar entre dois e quatro anos de detenção. A pena pode aumentar em 50% por ser servidora pública. A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais também instaurou procedimento administrativo contra ela. Atualmente, ela está afastada do cargo por motivos de saúde.

Relembre o caso

Na manhã do dia 11 de agosto, Laudemir fazia a coleta de lixo quando Renê pediu que o caminhão fosse retirado da via. A motorista, Elen Dias, respondeu que havia espaço suficiente para a passagem, o que teria provocado a irritação do empresário. Ele ameaçou atirar contra a condutora, e os garis intervieram.

Empresário foi detido poucas horas depois do crime, enquanto treinava em uma academia (Foto: Reprodução/TV Globo)

Em seguida, Renê sacou a arma e efetuou um disparo que atingiu Laudemir no tórax. O gari foi socorrido e levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem (MG), mas não resistiu.

Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), Renê dirigia um carro da marca BYD por volta das 9h, o que facilitou as buscas. Por meio de câmeras de segurança, os policiais conseguiram identificar a marca, o modelo e as iniciais da placa. A motorista ainda forneceu mais uma letra e os dois últimos números da placa.

Após negar o crime, o empresário confessou ter matado Laudemir. Segundo a Polícia Civil de MG, Renê disse que atirou contra o gari, mas negou que tenha ocorrido uma discussão de trânsito. O homem acrescentou que sua esposa, que é delegada, não sabia que ele pegou a arma, uma pistola calibre .380.



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