》Suspeitos pela morte de empresário no Autódromo de Interlagos tomam atitude comprometedora em meio às investigações, revela delegada – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Os seguranças investigados pela morte do empresário encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, apagaram os dados de seus celulares. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (31), pela delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ao g1.

“Alguns celulares foram apagados. Eles (seguranças) entregaram. Óbvio, a gente assina termo. Então, nos restou pedir ordem judicial para analisar outras coisas”, explicou a delegada. Segundo ela, localizar informações em nuvem de dados é mais demorado. “O crime é de difícil elucidação, mas não impossível”, acrescentou.

Cinco seguranças, sendo três vigilantes, um chefe e um coordenador da equipe, são suspeitos pela morte de Adalberto Amarilio Júnior. Quatro deles já foram ouvidos pelas autoridades, e entregaram seus telefones para análise pericial. Conforme o portal da Globo, “todos ficaram em silêncio”.

Outro segurança não foi localizado até o momento, e também não cedeu seu celular. A polícia vai intimá-lo a comparecer na delegacia. Para os investigadores, dois dos cinco suspeitos podem ter participado diretamente do assassinato de Adalberto. O crime foi registrado como homicídio.

Empresário de 35 anos era casado e dono de uma ótica (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O DHPP ainda aguarda os resultados dos exames periciais e quer ouvir depoimentos de mais testemunhas para concluir o inquérito. Entre os laudos estão as análises dos dados dos sete celulares e cinco computadores apreendidos nos imóveis dos suspeitos.

O Instituto de Criminalística (IC) realizará esses exames e também avaliará gravações de outras câmeras de segurança para saber se elas registraram a presença de mais envolvidos no crime. O órgão ainda elabora um laudo do local onde o corpo foi encontrado, que servirá como um mapa da região.

Já o Instituto Médico Legal (IML) faz análise nos resíduos encontrados embaixo das unhas da vítima. Os investigadores pretendem juntar todas as informações e preparar um croqui em 3D, por meio da técnica conhecida como espelhamento. O objetivo é reconstituir a possível trajetória do empresário entre o evento, o local em que seu carro estava estacionado e o buraco da obra onde o corpo foi achado.

Um dos investigados é um lutador de jiu-jitsu, que chegou a ser detido em flagrante por posse ilegal de 21 munições de revólver calibre 38. Contudo, após o depoimento, ele pagou fiança e foi liberado. O lutador era um dos coordenadores da segurança e já tinha antecedentes criminais por furto, associação criminosa e ameaça.

Câmeras de segurança ainda gravaram os últimos momentos do empresário caminhando no estacionamento. O material, por sua vez, foi apreendido. Por ora, nenhum dos suspeitos foi indiciado pelo homicídio de Adalberto. A polícia avalia se pedirá à Justiça a prisão de algum deles.

Corpo foi encontrado em buraco no autódromo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Uma das hipóteses trabalhadas pelos investigadores é que o empresário tenha se envolvido em uma briga com os seguranças ao atravessar uma área isolada do autódromo durante evento, em 30 de maio. Na ocasião, ocorria um festival de motociclismo

Adalberto desapareceu e só foi encontrado no dia 3 de junho, sem sinais vitais. Ele estava dentro do buraco de uma obra, com 3 metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro. O cadáver foi achado sem calça e tênis.

O laudo pericial da Polícia Técnico-Científica concluiu que o empresário morreu de forma violenta por asfixia. Porém, ainda não foi possível determinar se a causa foi esganadura – já que havia escoriações no pescoço – ou compressão torácica. Uma das hipóteses é que, durante uma briga, alguém possa ter pressionado o tórax da vítima com o joelho.

A polícia também encontrou sangue no carro de Adalberto, mas o laudo de DNA indicou que o material genético era do próprio homem. Um perfil feminino também foi encontrado na amostra, mas é de uma mulher não identificada. Apesar do laudo não apontar a presença de drogas ou álcool no organismo, um amigo que esteve com Adalberto no autódromo afirmou que os dois consumiram maconha e cerveja.



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