》Vazam mensagens de grupo de WhatsApp do condomínio de Bolsonaro: ‘Podia levar para a Papuda’ – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Moradores do condomínio Solar de Brasília, onde Jair Bolsonaro mora e cumpre prisão domiciliar, sofrem com consequências na região desde a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, segundo informações do jornal O Tempo e do UOL. Num grupo de WhatsApp, mensagens relatam aglomeração de pessoas e sugerem levarem logo, o ex-presidente para o Complexo Penitenciário da Papuda.

De acordo com as publicações, os vizinhos do ex-presidente afirmaram no grupo, intitulado “Assuntos Gerais Solar bsb”, que estavam com dificuldade de chegar em casa, mesmo depois das 23h, devido ao número de pessoas e ao trânsito na portaria do residencial. Eles também demonstraram apreensão com a possibilidade dos apoiadores de Bolsonaro acamparem no local.

Tá uma loucura aqui fora! Quero chegar em casa. Buzinaço, polícia, corneta, um inferno“, disse um morador, às 23h16, de anteontem (4). Em seguida, outro falou que “se armarem acampamentos, estamos ferrados, ninguém entra mais“. Um dos vizinhos também reclamou da atuação da Polícia Militar em frente ao residencial.

Um absurdo essa hora e essa confusão. Pior ver o tanto de polícia e não dispersam“, escreveu. Em resposta, outro integrante classificou a ação dos apoiadores de Bolsonaro como um “erro”, pois, na visão dele, poderia comprometer a segurança do local, fazendo com que o ex-presidente seja possivelmente levado para a Papuda.

Um morador, então, respondeu que já poderia levar Bolsonaro logo para a penitenciária. “Podia levar de uma vez para a Papuda. Ele vai pra lá mesmo, não é? Ao menos dá logo sossego pra gente e pra mais 200 milhões“, opinou, às 23h41. Curtidas de outros sete integrantes do grupo podem ser vistas no print da mensagem.

Integrantes do grupo de condomínio opinam sobre a prisão domiciliar. (Foto: Reprodução)

Um dos moradores ainda debochou da prisão domiciliar de Bolsonaro e escreveu: “Tá na hora do Jair, tá na hora do Jair, Jair embora“. Contudo, um vizinho questionou: “Já está liberado dar opinião política neste grupo?“. Na sequência, um membro do grupo relembrou o objetivo das mensagens.

Este grupo é para falar do dia a dia do condomínio, troca de informações sobre regularização, sobre problemas enfrentados na sua quadra com animais, enfim, para integrar e socializar os nossos moradores, a nossa sociedade, mantendo o respeito entre vizinhos! Informações do interesse geral dos condôminos“, ponderou.

O morador também ressaltou que não eram permitidos “anúncios, propagandas, ofensas a membros do grupo e discussões sobre política” e que “mensagens fora da regra” seriam excluídas.

Moradores demonstraram insatisfação com a prisão domiciliar. (Foto: Reprodução)

Prisão domiciliar

Jair Bolsonaro teve a prisão decretada por Alexandre de Moraes depois de aparecer em gravações durante atos pela anistia e contra o STF, no último domingo (3). O ex-presidente realizou uma chamada de vídeo com o filho, Flávio Bolsonaro, durante o ato na praia de Copacabana, no Rio, e ainda falou com o deputado Nikolas Ferreira em outro movimento, em São Paulo.

Para o ministro, as iniciativas de gerar conteúdo para alimentar a militância e os ataques ao STF afrontaram a ordem de não utilizar as redes sociais. Além da prisão domiciliar, o celular do ex-presidente também foi apreendido. A defesa, por sua vez, negou que tenha havido descumprimento das medidas cautelares.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em uma casa alugada de alto padrão, no bairro Jardim Botânico, em Brasília. Conforme o UOL, o condomínio é integrado por imóveis grandes, parques infantis e praças, e possui acesso controlado pela portaria. Com a ordem de Moraes, o ex-presidente precisa ficar em casa e só pode receber visitas autorizadas pelo ministro.



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