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Paulo Sousa, Renato, Ceni ou Dome? Veja quem teve melhor aproveitamento no Flamengo após era Jorge Jesus

Quase dois anos após a saída do português, a diretoria do flamenguista já teve quatro treinadores, mas não conseguiu satisfazer seus anseios

NAYRA HALM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Paulo Sousa e Rogério Ceni se abraçam antes de partida entre Flamengo e São Paulo

Jorge Jesus marcou uma era no Flamengo. Além de conquistar praticamente todos os títulos possíveis entre 2019 e 2020, o “Mister” encantou a torcida ao fazer o Rubro-Negro praticar um excelente futebol, “sobrando” no cenário nacional. Quase dois anos após a saída do português, a diretoria do flamenguista já teve quatro treinadores, mas não conseguiu satisfazer seus anseios e recuperar a magia do time de JJ. Até o momento, passaram pela Gávea o espanhol Domènec Torrent e os brasileiros Rogério Ceni e Renato Gaúcho, além do também lusitano Paulo Sousa – o último foi demitido na quinta-feira passada e será substituído por Dorival Júnior. Mas, afinal, quem teve o melhor aproveitamento de pontos no clube depois da saída de Jorge Jesus?

O primeiro treinador a ser contratado após a saída de Jorge Jesus foi Domènec Torrent, ex-auxiliar do badalado Pep Guardiola e profissional que colecionava uma passagem pelo New York City (EUA). Apesar da alta expectativa, o espanhol foi quem teve a passagem mais curta entre os sucessores do “Mister”. Sem conseguir emplacar no Brasileirão 2020 e longe de repetir o sucesso do português, ele foi demitido após 26 partidas, acumulando 15 vitórias, 5 empates e 6 derrotas, um aproveitamento de 64,1% dos pontos. Para o seu lugar foi chamado o também iniciante Rogério Ceni, que estava fazendo um excelente trabalho no Fortaleza.

Dos quatro técnicos que passaram pela Gávea neste período, Rogério Ceni foi quem teve o pior aproveitamento. Em 45 partidas à frente do Rubro-Negro, o técnico conseguiu 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas, ou seja, 59,3% dos pontos. O desempenho, por outro lado, foi o suficiente para ganhar o Brasileirão (2020), a Supercopa do Brasil (2021), a Taça Guanabara (2021) e o Carioca (2021), sendo o único a levantar troféus após a saída do Mister. Na madrugada de 10 de julho do ano passado, porém, Ceni acabou sendo demitido em meio ao mau momento da equipe no Nacional e o vazamento de um áudio de um funcionário.

Logo após decidir pela saída de Rogério Ceni, a alta cúpula flamenguista optou por fechar com Renato Portaluppi até o fim da temporada passada. Eliminado na Copa do Brasil para o Athletico Paranaense, o treinador não conseguiu fazer o Flamengo acompanhar o ritmo do Atlético-MG no Brasileirão e ainda ficou com o vice na Libertadores diante do Palmeiras. Gaúcho, no entanto, encerrou sua passagem como o técnico de melhor percentual de pontos aproveitados desde Jorge Jesus. Ao todo, o folclórico técnico dirigiu a equipe em 38 duelos, conquistando 25 vitórias, 8 empates e 5 derrotas – 72,8% dos pontos.

Para a temporada atual, o presidente Rodolfo Landim e os diretores Marcos Braz e Bruno Spindel apostaram na contratação do português Paulo Sousa, que precisou pagar uma multa de R$ 2 milhões para sair da seleção polonesa. Na equipe carioca, porém, o treinador não “ganhou” o elenco, tendo dificuldades para administrar um plantel vitorioso e prosseguir com o processo de reformulação do time. Depois de perder a decisão do Carioca para o Fluminense, o lusitano começou mal o Brasileirão, deixando a equipe na 14ª colocação. Ao todo, foram 31 partidas do Mengão sob a batuta de Paulo Sousa, com 18 vitórias, 6 empates e 7 derrotas – 64,5% dos pontos.

Aproveitamento dos treinadores do Flamengo após saída de JJ:

  • Renato Gaúcho – 38 jogos, com 25 vitórias, 8 empates e 5 derrotas – 72,8%
  • Paulo Sousa – 31 jogos, com 18 vitórias, 6 empates e 7 derrotas – 64,5%
  • Domènec Torrent – 26 jogos, com 15 vitórias, 5 empates e 6 derrotas – 64,1%
  • Rogério Ceni – 45 jogos, com 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas – 59,3%