segunda-feira, abril 21, 2025
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》Caso Vitória: Laudos confirmam sangue na casa de suspeito, e investigação aponta se ele agiu sozinho – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

A Polícia Civil de São Paulo concluiu nesta quarta-feira (16) que Maicol Antonio Sales dos Santos agiu sozinho no assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo. A investigação foi reforçada por laudos periciais que confirmaram a presença de sangue da vítima no batente da porta do banheiro da casa do suspeito, além de vestígios genéticos tanto de Maicol quanto da jovem no banco do carro dele. Com base nas provas reunidas, o operador de empilhadeira deve ser indiciado por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.

O corpo da adolescente foi encontrado em estado de decomposição no dia 5 de março, após oito dias desaparecida. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, a morte foi causada por hemorragia interna e externa, provocada por lesões fatais no pescoço, rosto e tórax. A perícia também identificou sinais de agressão anteriores ao óbito, o que pode indicar tortura, mas, devido ao estado do corpo, não foi possível determinar se houve violência sexual.

Durante a investigação, a polícia descobriu que Maicol levou Vitória até sua casa no dia 27 de fevereiro, após encontrá-la no ponto de ônibus. Segundo a apuração, ele pretendia evitar que a jovem revelasse à sua esposa que os dois haviam se envolvido no passado. Em vídeo gravado na delegacia, o suspeito confessou ter matado a jovem com dois golpes de faca após uma discussão.

“Comecei a conversar com ela, que não era pra ela falar com a minha esposa. Nisso, ela se alterou e começou a brigar. Começou a me agredir. E foi a hora que eu reagi. Sempre andei com uma faca no carro. Aí, no momento da exaltação, eu acabei desferindo um golpes no pescoço dela”, afirmou.

Maicol também declarou que ficou com o corpo de Vitória em casa por algum tempo antes de levá-lo até uma área de mata para enterrá-lo. A residência do suspeito e o local onde o corpo foi achado ficam próximos a bairros da zona rural de Cajamar.

Apesar da confissão gravada em vídeo, os advogados de Maicol afirmam que o interrogatório foi conduzido de forma irregular e acusam a polícia de coação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o depoimento foi acompanhado por uma advogada convocada pelos próprios agentes, embora não fosse a defensora oficial do preso. A defesa pretende usar esse argumento para tentar anular a confissão.

O caso ganhou novos desdobramentos após a divulgação de um áudio obtido pelo “Brasil Urgente”, no qual Maicol aparece conversando com a mãe por telefone de dentro da delegacia. No diálogo, ele diz: “Eles estão falando que, se eu contribuir com eles, vão tentar me ajudar pra eu não passar a vida toda na cadeia”. A mãe responde: “Pode falar, não tem ninguém escutando”.

Veja:

A reconstituição do crime está prevista para o dia 24 de abril, mas Maicol não participará. A defesa já informou que contesta o conteúdo do depoimento prestado e não reconhece a validade do interrogatório. O advogado da família de Vitória, Fábio Costa, afirmou que protocolou uma denúncia na Corregedoria da Polícia Civil e solicitou a transferência do inquérito para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), alegando falhas na condução do caso por parte da equipe de Cajamar. A Polícia Civil ainda não comentou o pedido.



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