Esportes

Drogba sai em defesa de Vini Júnior em casos de racismo e diz que governos tem que agir

‘Os governos têm de se envolver na punição dos atos racistas, porque a Fifa pode decidir sancionar, a Uefa também, mas sem os Estados, sem a ação dos governos, se eles não estiverem envolvidos, é difícil pôr qualquer coisa em ação’, disse Drogba

EFE/EPA/Mohammed Badra
O ex-Chelsea passou por episódios de racismo na época de sua carreira

Durante evento na sede da Unesco, nesta quinta-feira (4), o ex-jogador de futebol, Didier Drogba, que jogou pelo Chelsea, disse que a forma como o brasileiro Vinícius Júnior tem de se defender neste momento dos ataques racistas é “estar entre os melhores do mundo”, e lembrou que o envolvimento dos governos é essencial nesta luta. Drogba é atualmente é vice-presidente da ONG Paz e Esporte. “Vinícius vai ter que se munir de coragem e continuar rendendo o máximo porquê, de momento, é a única forma de se defender, estando entre os melhores do mundo”, disse o ex-jogador que também defendeu Olympique de Marselha e Galatasaray, e que em outubro do ano passado, durante a festa da Bola de Ouro de 2023, agradeceu pessoalmente ao atacante brasileiro do Real Madrid pela sua luta contra o racismo.

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Drogba também sofreu episódios de racismo em sua época do futebol e reconheceu que “é difícil” estar no lugar do Vini Jr. “O que Vinícius vive hoje também é resultado do mundo globalizado em que vivemos, das redes sociais, das pessoas que se escondem no celular para te dizer coisas desagradáveis, para incitar ao ódio. Infelizmente, faltam que se adotem medidas fortes a respeito”, acrescentou.

O ex-Chelsea falou sobre a importância dos governos estarem comprometidos na causa e combate ao racismo.  “Os governos têm de se envolver na punição dos atos racistas, porque a Fifa pode decidir sancionar, a Uefa também, mas sem os Estados, sem a ação dos governos, se eles não estiverem envolvidos, é difícil pôr qualquer coisa em ação”, disse. Já em relação aos casos de Robinho e Daniel Alves, o ex-jogador lamentou “a má imagem” que estes casos deram ao esporte. “Foram jogadores que tiveram grandes carreiras, mas estes episódios mostram que somos todos humanos, com fragilidades. É algo que pode acontecer e é triste reconhecer isso. A vida não se resume a ser um grande jogador”, disse.

*Com informações da EFE