》Pai relata falhas no resgate de Juliana Marins após queda em trilha na Indonésia, e mãe emociona ao ler mensagem escrita pela filha; assista – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

A família de Juliana Marins foi entrevistada pelo “Fantástico” neste domingo (29) e expôs detalhes inéditos sobre o resgate da jovem de 26 anos, que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Imagens mostradas pelo programa revelaram que a lanterna no capacete de Juliana ainda estava acesa após a queda, enquanto os primeiros socorros demoraram horas para chegar ao local.

De acordo com Manoel Marins, pai da vítima, Juliana havia informado ao guia que estava cansada durante a madrugada do dia do acidente. “O guia falou: ‘senta aqui, fica sentada’. E o guia nos disse que ele se afastou por 5 a 10 minutos para fumar. Para fumar! Quando voltou, não avistou mais Juliana. Isso foi por volta de 4h. Ele só a avistou novamente às 6h08, quando gravou o vídeo e o enviou ao chefe dele”, contou Manoel. A equipe de primeiros socorros foi acionada e iniciou a subida por volta das 8h30, mas só alcançou o ponto do acidente às 14h.

O pai relatou que os socorristas tinham apenas uma corda como equipamento de resgate. “Às duas da tarde, a brigada de primeiros socorros chegou ao local do acidente. O único equipamento que existiu era uma corda. E você sabe o que o guia tentou fazer? Jogaram a corda na direção da Juliana. Fizeram uma segunda tentativa. O guia, no desespero, amarrou a corda na cintura. Ele tentou descer com essa corda amarrada na cintura. Sem ancorar a corda”, detalhou.

Segundo a família, a Defesa Civil da Indonésia foi acionada apenas horas depois e chegou ao local por volta das 19h. Juliana foi encontrada sem vida quatro dias após a queda. O laudo apontou hemorragia interna por lesões no tórax, indicando que a morte teria ocorrido entre 12 e 24 horas antes da remoção do corpo.

Assista:

A mãe de Juliana, Estela Marins, expressou indignação com o caso. “Esses caras mataram minha filha”, afirmou. Manoel também apontou falhas no suporte oferecido pelo parque e pelas agências de turismo locais. “Os culpados, no meu entendimento, são o guia, que deixou Juliana sozinha para fumar, a empresa que vende os passeios como se fossem trilhas fáceis, e o coordenador do Parque, que demorou a acionar a Defesa Civil”, disse.

Mensagem de despedida

Antes de iniciar o mochilão pela Ásia, Juliana enviou uma mensagem à mãe, que foi lida durante a reportagem: “Mami, eu te amo tanto. Fiquei com o coração partido quando a gente se despediu. Na verdade, essa é a única coisa que me preocupa, deixar você, papi ou minha irmã desapontados. De resto, eu não tenho medo de muita coisa, não. Muito menos de perrengue. Eu fui criada por uma mulher que consegue resolver qualquer problema e que não tem medo de se jogar e ir atrás do que sonha. Eu sou assim também. Eu amo muito vocês e serei sempre grata por todo apoio, cuidado e carinho. Isso que faz eu não ter medo. Obrigado por tudo. Te amo”.

Assista:

A prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, custeou o traslado do corpo para o Rio de Janeiro e anunciou que irá homenagear a jovem com a nomeação de um mirante em sua memória. A data do traslado ainda não foi confirmada pela família.



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