》Dona Ruth dá 1ª entrevista sobre disputa por guarda de Léo, rebate acusações e fala de herança do neto; assista – ExpressoNoticias
Vamos ao assunto:
Neste domingo (13), Ruth Dias — mãe da cantora Marília Mendonça — quebrou o silêncio sobre a disputa judicial pela guarda unilateral do neto, Léo, fruto do relacionamento da filha com o cantor Murilo Huff. Em entrevista ao “Fantástico“, Dona Ruth comentou a decisão da Justiça que concedeu a guarda provisória ao sertanejo, e que a classificou como negligente e responsável por atos de alienação parental contra o menino.
Em junho, Murilo insinuou, em suas redes sociais, que teria descoberto irregularidades na administração da herança do filho, o que o motivou a buscar uma decisão legal. Como já divulgado pelo portal Leo Dias, Léo é herdeiro de 60% de todos os rendimentos atuais e futuros dos direitos autorais de Marília. Especialistas estimam que ele tenha recebido, apenas com obras lançadas em vida pela cantora, uma fortuna de pelo menos R$ 300 milhões.
Huff, por sua vez, teria entendido que a gestão do patrimônio — feita pela família e, principalmente, por Dona Ruth — apresentava problemas. Ele também negou acusações de que não pagava pensão ao filho, apresentando diversos comprovantes de pagamento. Rumores sobre negligência em relação à saúde de Léo também vieram à tona e, posteriormente, foram avaliados pela Justiça.
O cantor entrou com um pedido de urgência na Justiça no dia 11 de junho, solicitando tutela provisória. Embora o caso tramite em segredo de Justiça, sabe-se que, em 30 de junho, a guarda provisória unilateral foi concedida a Murilo.
Na entrevista ao dominical da TV Globo, Dona Ruth falou pela primeira vez sobre a disputa judicial pela guarda do neto. Emocionada, ela afirmou que perder a guarda de Léo foi como reviver o luto pela morte da filha.
“Quando a gente perde um filho, a gente morre junto. A gente tem que respirar com aquela metade que ficou. E quando eu me vi sem o meu neto, eu revivi isso. Eu voltei a viver esse luto”, disse ela, aos prantos.
Ruth Moreira, mãe de Marília Mendonça, conversou com o #Fantástico sobre a briga judicial pela guarda do neto, Léo: “Quando eu me vi sem o meu neto, eu revivi isso. Eu voltei a viver esse luto.” pic.twitter.com/bNuVM35KmW
— TV Globo 📺 (@tvglobo) July 14, 2025
Dona Ruth ressaltou, ainda, que a relação com o ex-genro se deteriorou somente após o início da disputa judicial. Antes disso, a convivência, segundo ela, era frequente e harmoniosa. “Ele [Léo] sempre conviveu com a família lá, e ele ama o pai dele, então eu sempre quis que ele convivesse todo mundo junto”, garantiu.
Ela destacou, ainda, que não partiu dela o rompimento com Murilo: “Da minha parte [não houve uma quebra com Murilo] (…) É isso que eu queria entender, porque a gente vivia no respeito, eu respeitando ele… As festas do Dia das Mães sempre foram feitas aqui em casa, em família, com a família dele, a minha, ele vinha pra cá. Havia uma convivência. Até ele ir lá e pedir a guarda”, afirmou.
Já o advogado de Dona Ruth, Robson Cunha, tem outra interpretação sobre o início do conflito com Huff. Segundo ele, a relação entre os dois começou a se desgastar após uma comemoração do Dia das Mães na escola de Léo. A presença do cantor no evento teria causado desconforto em Ruth, que, apesar de não ser a mãe do menino, exercia esse papel nas atividades escolares.
Dona Ruth diz que Murilo Huff sempre esteve a par de todas as situações envolvendo a saúde de Léo, que é diagnosticado com diabetes #Fantástico pic.twitter.com/oOYpckt2zj
— Antenados (@canalantenados) July 14, 2025
Dona Ruth diz que as contas estão bloqueadas até a resolução do impasse judicial, e que tudo que vem de Marília é 100% de Léo, único herdeiro. Contou, ainda, que ela e Murilo podem movimentar a herança #Fantástico pic.twitter.com/XegpMgpdHy
— Antenados (@canalantenados) July 14, 2025
Segundo Robson Cunha, foram apresentados relatórios para refutar as alegações de dilapidação patrimonial por parte de Dona Ruth, e que, desde 2021, o patrimônio teria triplicado #Fantástico pic.twitter.com/MBogSW6gGG
— Antenados (@canalantenados) July 14, 2025
Omissão
Um dos pontos destacados na decisão judicial foi a suposta negligência médica por parte de Dona Ruth. De acordo com o juiz, ela teria ocultado informações, laudos médicos e documentos relevantes sobre a saúde de Léo. O menino é portador de diabetes mellitus tipo 1 — uma condição crônica que exige monitoramento constante, aplicação diária de insulina e alimentação rigorosamente controlada.
Segundo os autos, babás relataram, por meio de áudios e mensagens, orientações dadas por Ruth que, conforme a Justiça, “frequentemente omite informações médicas essenciais ao genitor, impede o envio de relatórios e laudos clínicos, e instrui que se escondam medicamentos, laudos e sintomas”.
Dona Ruth, no entanto, negou todas as acusações. Ela afirmou que os cuidados com a saúde do neto são acompanhados em conjunto com a médica endocrinologista responsável, e garantiu que Murilo “sempre soube de tudo que acontecia em relação à saúde do menino”, rebatendo qualquer alegação de omissão.
Dona Ruth afirma que Murilo Huff sempre esteve ciente de todas as situações da saúde de Léo (que é diagnosticado com diabetes)
— juridico faty acioli (@noveleirotv) July 14, 2025
Herança
Dona Ruth também negou as acusações de má administração da herança de Léo. Segundo ela, o menino é o “único herdeiro” de Marília Mendonça e detém 100% dos bens da cantora. Os recebíveis — como royalties e valores ligados à carreira musical da artista — eram gerenciados em conjunto por ela e Murilo Huff, e usados para cobrir despesas diárias do filho, como alimentação, vestuário e lazer.
Atualmente, as contas estão bloqueadas provisoriamente. O advogado de Dona Ruth reforçou que não houve “dilapidação patrimonial” e afirmou que, desde a morte de Marília, o patrimônio de Léo mais que triplicou. A defesa também apresentou uma ação de prestação de contas para comprovar a transparência na gestão dos bens.
Ainda segundo os advogados, a decisão liminar que concedeu a guarda ao pai será contestada, pois “fere diretamente o interesse maior, que é o do menor”.
Murilo, que não deu entrevista ao “Fantástico”, enviou uma nota na qual reafirma que “nunca impediu e não impedirá a convivência da avó materna”. Ele disse ainda que respeitará o segredo de Justiça e que tentou um acordo amigável antes de recorrer ao Judiciário, mas não obteve resposta.
Assista à entrevista completa:
— 🎥 (@8088media) July 14, 2025
Relembre o caso
Desde a morte de Marília Mendonça, em novembro de 2021, a residência de Dona Ruth foi estabelecida como o lar de referência de Léo. Na ocasião, a Justiça considerou que tanto ela quanto Murilo tinham condições emocionais, psicológicas e morais para exercerem a guarda conjunta da criança.
Contudo, segundo os autos do processo movido por Huff, Ruth teria descumprido os termos do acordo e prejudicado o bem-estar do neto. A Justiça de Goiânia a classificou como um “instrumento de desagregação familiar, conflito constante, instabilidade e, mais gravemente, indícios de alienação parental e prejuízos à saúde e ao desenvolvimento físico e emocional do menor”.
Na audiência, realizada em 30 de junho, Murilo deixou o Fórum Cível de Goiânia com a guarda provisória unilateral de Léo. O juiz determinou que o cantor seguirá responsável pela criança até a conclusão do processo. De acordo com o magistrado, a avó materna tomava decisões unilaterais sobre a criação e a saúde do menino, em desacordo com o regime de guarda compartilhada, chegando a “converter a convivência familiar em uma arena de desinformação”.
A decisão judicial destacou ainda que a omissão de informações por parte da avó colocou a saúde de Léo em risco: “As provas documentais revelam que o menor, portador de diabetes mellitus tipo 1, condição crônica que demanda vigilância rigorosa, aplicação diária de insulina e alimentação controlada, vem sendo submetido a situações de negligência. Áudios e mensagens trocadas entre as babás contratadas revelam que a avó materna, com quem o menor atualmente reside, frequentemente omite informações médicas essenciais ao genitor, impede o envio de relatórios e laudos clínicos, instrui que se escondam medicamentos, laudos e sintomas, chegando ao ponto de orientar diretamente: ‘não fala pro Murilo que ele tá tomando antibiótico’, ‘esconde o remédio’, ‘o Murilo quer se meter onde não sabe’. Tais condutas, por si só, evidenciam quebra do dever de cooperação parental, violação do dever de transparência e clara afronta à função protetiva da guarda compartilhada”.
O juiz também apontou que Ruth utilizou “mecanismos típicos de alienação parental” para enfraquecer a autoridade paterna de Murilo. Por isso, a permanência de Léo com a avó foi considerada inviável. A transferência da guarda para o pai foi determinada como medida de proteção, diante do “perigo de dano” que o ambiente anterior representava à integridade física e emocional da criança. Clique aqui para saber mais.
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