》Justiça toma decisão em processo de Suzane von Richthofen contra jornalista que a chamou de “ilustre psicopata” – ExpressoNoticias

Vamos ao assunto:

Suzane Louise Magnani Muniz, anteriormente conhecida como Suzane von Richthofen, perdeu mais uma disputa na Justiça contra o jornalista e escritor Ullisses Campbell. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e rejeitou as acusações feitas por ela de que o colunista da editoria True Crime, do jornal O Globo, teria cometido danos morais ao se referir a ela como “ilustre psicopata” e ao citar sua residência em Águas de Lindóia, em São Paulo. O pedido incluía uma indenização de R$ 60.720,00 e uma retratação pública.

Na ação, Suzane argumentou que publicações feitas no Instagram e no blog do jornalista continham informações falsas e atingiam sua honra. Campbell negou as acusações, alegando que apenas divulgou dados já noticiados por outros veículos e que suas postagens eram de caráter informativo.

“As postagens tinham caráter meramente informativo e não acusatório”, ressaltou a defesa, representada por Alexandre Fidalgo, acrescentando que a expressão utilizada fazia referência ao histórico criminal amplamente conhecido da autora, condenada pela morte dos pais em 2002. “Essa é a terceira ação que a Suzane move conta o meu cliente. Uma delas tentou proibir a publicação de um livro. Mas ela perdeu todas”, reforçou Fidalgo, ao portal Leo Dias.

Suzane von Richthofen foi a mandante da morte dos pais. (Foto: Arquivo pessoal)
Suzane von Richthofen foi a mandante da morte dos pais. (Foto: Arquivo pessoal)

Ao analisar o caso, a juíza Ana Paula Schleiffer Livreri considerou que nenhuma das publicações foi suficiente para causar humilhação ou sofrimento. “A situação específica dos comentários lançados pelo réu, a respeito da moradia da autora junto à Cidade de Águas de Lindóia, não configura por si só ato ofensivo”, afirmou. Em outro trecho da decisão, destacou: “A despeito de ter manifestado ou não sua residência na Cidade de Águas de Lindóia, tal fato não se revela capaz de causar sofrimento, humilhação ou dano efetivo à honra ou à dignidade da autora”.

Sobre a expressão contestada, a juíza também rejeitou os argumentos da ex-detenta: “A utilização da expressão ‘ilustre psicopata’, no contexto dos autos, com a comprovação de sua condenação criminal […] também não configura dano moral”. A sentença lembrou que o termo psicopatia é definido como “perturbação da personalidade que se manifesta essencialmente por comportamentos anti-sociais” e frisou que, dada a repercussão já existente em torno do caso Richthofen, não houve dano à honra objetiva ou subjetiva. Para a magistrada, inclusive, uma retratação pública apenas aumentaria a visibilidade dos fatos.

Daniel e Suzane foram responsáveis pelo assassinato dos pais da jovem. (Foto: Arquivo Pessoal)

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal já havia derrubado uma decisão que censurava o livro Suzane, assassina e manipuladora, de autoria de Campbell, liberando a publicação no ano seguinte. Desde a condenação de Suzane a 34 anos e 4 meses pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia, o caso se tornou tema de inúmeros livros, reportagens e entrevistas concedidas por ela própria. Procurada, a defesa da autora não se manifestou até o momento.



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