》Hamas sinaliza possibilidade de libertar mais Reféns em novo acordo de cessar-fogo – Expresso Noticias

O grupo Hamas indicou a possibilidade de ampliar o número de reféns israelenses libertados como parte de um novo acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada neste domingo, 13, pelo canal Al-Arabiya, que citou fontes próximas às negociações em curso entre as partes envolvidas no conflito.

De acordo com a emissora, o movimento palestino teria dado um “acordo inicial” à proposta de aumentar o número de libertações, embora o total de prisioneiros a serem soltos não tenha sido especificado. Segundo as fontes, o acordo estaria em fase final de formulação, com mediação do Egito, Catar e Estados Unidos.

As conversas ocorrem em um momento de impasse nas negociações. Israel condicionou a prorrogação de um cessar-fogo à libertação de 11 reféns.

O Hamas, inicialmente, ofereceu a liberação de cinco. Fontes citadas pela Al-Arabiya afirmam que Israel apresentou no fim de semana uma proposta que sugere maior flexibilidade, ao aceitar a possibilidade de um número reduzido de libertações em troca de uma trégua.

Ainda segundo a emissora saudita, os Estados Unidos teriam sinalizado ao Hamas que estão dispostos a pressionar Israel a retomar negociações formais para o encerramento das hostilidades, desde que o movimento avance na proposta de cessar-fogo e libertação de prisioneiros.

O Egito, que atua como um dos principais mediadores no conflito, teria apresentado um plano que inclui a supervisão egípcia em uma eventual desmilitarização do Hamas. Nenhuma das partes envolvidas confirmou oficialmente esse ponto até o momento.

Enquanto as tratativas seguem, familiares de israelenses mantidos como reféns em Gaza realizaram, no domingo (13), uma manifestação em frente à residência do ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, em Jerusalém. Os manifestantes exigiram maior empenho do governo nas negociações e cobraram um acordo que garanta o retorno dos sequestrados.

O governo israelense não se pronunciou oficialmente sobre a proposta mencionada pela Al-Arabiya. Também não houve declarações públicas por parte do Hamas, nem de representantes egípcios.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos, embora envolvido nas mediações, tem adotado uma postura cautelosa e evitado comentar detalhes das propostas em análise.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se manifestou diretamente sobre o novo plano. Entretanto, autoridades norte-americanas reiteraram, em declarações recentes, que a libertação dos reféns e a redução da violência permanecem como prioridades para a diplomacia dos Estados Unidos.

Além dos Estados Unidos e do Egito, representantes da União Europeia e das Nações Unidas continuam acompanhando as negociações. Diversos diplomatas já expressaram apoio à adoção de um cessar-fogo de caráter humanitário, com o objetivo de permitir a retirada de civis de zonas de combate e a entrada de ajuda emergencial na Faixa de Gaza.

Apesar da sinalização de avanços pontuais, os impasses persistem. Divergências sobre os termos do acordo e a desconfiança entre as partes têm dificultado o avanço definitivo das negociações. Ainda assim, a disposição expressa pelo Hamas de discutir uma ampliação na libertação de reféns é vista por interlocutores internacionais como uma possibilidade de progresso no processo de mediação.

A proposta relatada pela Al-Arabiya surge em meio a um contexto de pressão crescente sobre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Além das manifestações populares, há apelos de setores políticos e militares israelenses por uma solução que envolva a libertação dos reféns sem a retomada imediata das operações militares.

O conflito entre Israel e Hamas, que se intensificou nos últimos meses, provocou milhares de mortos, deslocamentos em massa de civis e a destruição de infraestruturas essenciais na Faixa de Gaza. A comunidade internacional tem reiterado pedidos por uma solução negociada que interrompa as hostilidades e permita a reconstrução da região.

Até o momento, não há previsão para uma nova rodada de negociações públicas. As tratativas seguem de forma reservada, com a atuação direta de delegações egípcias, cataris e americanas. A expectativa de mediadores internacionais é de que os próximos dias sejam decisivos para a definição de um eventual acordo de cessar-fogo.

Com informações da Reuters