》Brasileiro não enxerga defesa do país na agenda de Eduardo – Expresso Noticias

Vamos ao assunto:

Levantamento Quaest mostra que 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo Bolsonaro atua mais em benefício pessoal e familiar do que do país


Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (20) pela Genial/Quaest aponta que a maior parte dos brasileiros não enxerga as ações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos como favoráveis ao país. Segundo o levantamento, 69% dos entrevistados acreditam que o parlamentar age movido por interesses pessoais e familiares ao articular sanções contra autoridades brasileiras em solo norte-americano.

Apenas 23% avaliam que Eduardo estaria de fato defendendo o Brasil em sua atuação no exterior. A pesquisa reforça, portanto, a percepção de que sua agenda internacional tem menos a ver com os interesses nacionais e mais com questões ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai, e ao núcleo político da família.

Reprovação a Eduardo cresce com articulações em Washington
Pesquisa aponta Eduardo Bolsonaro agindo em causa própria / Genial/Quaest
Eduardo Bolsonaro perde apoio ao buscar sanções nos EUA
Maioria vê Eduardo Bolsonaro defendendo só a família / Genial/Quaest

Divisão política

A imagem negativa de Eduardo Bolsonaro é predominante em praticamente todos os grupos analisados pela pesquisa, com exceção dos eleitores que se declaram bolsonaristas. Ainda assim, mesmo dentro desse recorte, 30% consideram que ele age em causa própria. Entre lulistas e outros eleitores de esquerda, a reprovação ultrapassa os 90%. No centro, a avaliação também é majoritariamente contrária à atuação do deputado. Já entre os eleitores de direita que não se identificam diretamente com o bolsonarismo, a opinião aparece dividida.

Atuação diante do tarifaço de Trump

A Quaest também investigou como os brasileiros avaliam a postura de Eduardo frente às tarifas impostas pelo governo Donald Trump contra produtos brasileiros. Os números mostram que 55% dos entrevistados acreditam que o deputado está agindo mal diante do chamado tarifaço. Apenas 24% veem sua conduta de forma positiva, enquanto 21% preferiram não opinar ou não souberam responder.

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Os percentuais são idênticos aos registrados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos aparecem, assim, como as lideranças políticas com pior avaliação entre os nomes monitorados pela pesquisa quando o assunto é a condução da crise comercial com os Estados Unidos.

Detalhes da pesquisa

O levantamento da Genial/Quaest foi realizado entre os dias 13 e 17 de agosto e ouviu 2.004 eleitores em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Os resultados mostram que, enquanto o governo Lula tem conseguido colher ganhos de imagem a partir da queda da inflação e da postura firme em negociações internacionais, Eduardo Bolsonaro enfrenta desgaste crescente. A percepção predominante é de que suas articulações nos Estados Unidos estão mais voltadas para a defesa da família Bolsonaro do que para os interesses da população brasileira.

Com informações de Carta Capital*

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