》Charlie Sheen relembra as 3 regras de suas festas pesadas e revela a tática que usou para parar de beber: ‘É um milagre estar vivo’ – ExpressoNoticias

“O perdão ainda é uma coisa em evolução. Ainda sinto o que chamo de ‘calafrios de vergonha’. São esses momentos que me atingem, com as memórias, escolhas e consequências horríveis. Eles estão ficando mais distantes, então acho que isso é um progresso. O interessante em fazer as pazes é que a maioria das pessoas tem dito: ‘Ei, sim, estamos bem, cara, mas esperamos que você também tenha se perdoado’“, declarou.

Prestes a completar 60 anos, Sheen – famoso por estrelar a sitcom “Two And A Half Man” – revelou que não tinha certeza se um dia chegaria a essa idade. Ele decidiu contar tudo o que passou em seu novo livro, “The Book of Sheen”, e em um documentário para a Netflix, que serão lançados neste mês.

“Não se trata de esclarecer as coisas ou consertar todos os erros do meu passado. Eu passei a maior parte dos meus 50 anos pedindo desculpas às pessoas que magoei. Eu também não queria escrever a partir da posição de vítima. Eu não era, e assumo tudo o que fiz. Sou apenas eu, finalmente contando as histórias como elas realmente aconteceram. As histórias que eu consigo lembrar, pelo menos“, detalhou.

As memórias do ator começam na imfância, quando ele e seus três irmãos acompanhavam o pai, Martin Sheen, nos sets de filmagens, incluindo meses nas Filipinas enquanto ele filmava “Apocalypse Now”. Após o ensino médio, ele decidiu seguir a carreira do pai, ganhou um pequeno papel no clássico “Curtindo a Vida Adoidado” e viu o estrelato em poucos anos.

Contudo, o sucesso também veio acompanhado de festas, bebidas e fácil acesso às drogas. Para ele, grande parte das celebrações surgiu do medo de que a fama e o dinheiro fossem temporários. “Sempre houve aquela voz de dúvida, de que era apenas uma questão de tempo até que tudo acabasse, então aproveite ao máximo“, disse.

O vício em crack de Sheen o levou várias vezes para a reabilitação. “Nas minhas festas, eu sempre dizia: ‘Deixe seu julgamento na porta. Sem dores aqui dentro. E ninguém pode morrer’. Essas eram boas regras“, recordou. Após ser retirado do elenco da sitcom, em 2011, o ator se afundou ainda mais nos vícios.

A volta por cima veio apenas seis anos depois, quando decidiu largar as drogas e a bebida pelos filhos, Sami, de 21 anos, Lola, de 20, e os gêmeos Max e Bob, de 16. “Você precisa estar disposto. Eu mantenho uma [lista mental] das piores e mais vergonhosas coisas que fiz, e consigo pensar nisso se tiver vontade de beber. Seja verdade ou não, eu gosto de pensar que a próxima dose me mataria. É um milagre eu estar vivo“, revelou.

Ele ainda falou como está se sentindo fisicamente após os anos de sobriedade e expressou seu desejo em voltar a atuar. “Estou me sentindo muito bem! A maioria dos caras da minha idade costuma ter problemas nas costas ou nos joelhos. De alguma forma, eu escapei disso“, falou. “Não estou chamando tudo isso de ‘retorno’. Estou chamando de ‘recomeço’. Estou apenas vivendo o próximo momento, seja ele qual for“, concluiu.