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O que se sabe sobre as novidades da Copa do Mundo de 2026

Principal dúvida passa pelo formato da competição, que deixará de ter 32 seleções e abrigará 48 países

HEULER ANDREY/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

Troféu da Copa do Mundo é um dos mais cobiçados pelos jogadores de futebol

A Copa do Mundo do Catar, que terminou com a Argentina como grande vencedora, foi única por diferentes motivos. A partir de agora, a Fifa começa a se programar para o Mundial de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, México e Canadá. Apesar de ter as sedes definidas, a entidade máxima do futebol ainda precisa decidir algumas questões para o próximo Mundial. A principal dúvida passa pelo formato da competição, que não mais contará com 32 seleções e abrigará 48 países. De acordo com o presidente Gianni Infantino, a ideia inicial era distribuir os participantes em 16 grupos com três times cada. Após as “zebras” e a emoção na fase inicial do torneio do Catar, entretanto, a Fifa estuda elaborar um formato com 12 chaves com quatro equipes. “Quando anunciamos a Copa do Mundo com 48 times, decidimos que seria com 16 grupos de três. Mas preciso dizer aqui que vamos rediscutir isso. Eu preciso dizer que depois desta Copa do Mundo e do sucesso dos grupos de quatro… Os grupos foram incríveis, com emoção até o último minuto. Precisamos rediscutir o formato. Pode ser 12 grupos de quatro. Vai estar na agenda dos próximos encontros”, afirmou o mandatário da Fifa em entrevista concedida em 16 de dezembro, na cidade de Doha, dois dias antes da finalíssima entre Argentina e França.

Caso a Fifa altere o formato para 12 grupos de quatro times, a próxima Copa do Mundo terá 104 partidas – exatamente 40 a mais que o atual modelo. Com o Mundial sendo disputado com 16 chaves de três, entretanto, a expectativa é de 80 jogos, que até já haviam sido divididos entre os três países-sede da Copa de 2026: 60 jogos nos EUA, 10 no México e outros 10 no Canadá. Além de mudar a divisão de partidas por país, o órgão também precisaria rediscutir o formato de classificação ao mata-mata. No plano original, os dois melhores de cada grupo iriam à fase de 16 avos. Com 12 chaves, existiria um problema nesta logística. Fato é que a entidade não planeja mudar as cidades-sede do Mundial. Os Estados Unidos terão o maior número de locais que receberão as partidas, com 11 cidades no total, sendo elas: Atlanta, Boston, Dallas, Filadélfia, Houston, Kansas City, Los Angeles, Miami, Nova York/Nova Jersey, São Francisco e Seattle. Já o México terá três municípios recebendo jogos: Cidade do México, Guadalajara e Monterrey. Por fim, o Canadá terá apenas Toronto e Vancouver como sedes da principal competição.

Como será a nova divisão de vagas:

Com o aumento de participantes, a Fifa também já resolveu como irá distribuir as novas vagas para o Mundial. A Uefa, entidade que rege o futebol na Europa, passa a ter 16 países na Copa – atualmente, o Velho Continente emplaca 12 no principal torneio. A Conmebol por sua vez, terá 6 nações, além de emplacar o sétimo em uma repescagem – um acréscimo de duas vagas. Os maiores beneficiados são África e Ásia. Os africanos, que tiveram cinco representantes no Catar, podem chegar a 10. Os asiáticos vão ficar com uma vaga a menos. Por fim, a Oceania, que não tem nenhuma vaga assegurada, terá um concorrente – vale lembrar que a Austrália disputa as Eliminatórias Asiáticas.

  • Uefa (Europa): 16
  • CAF (África): 9 mais um na repescagem
  • AFC (Ásia): 8 mais um na repescagem
  • Conmebol (América do Sul): 6 mais um na repescagem
  • Concacaf (Américas Central e do Norte): 6 mais um na repescagem
  • OFC (Oceania): 1