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Justiça espanhola nega a Daniel Alves pedido de liberdade provisória

Juízes responsáveis pelo caso acreditam que o jogador pode tentar fugir para o Brasil caso seja solto

EFE/ Antonio Lacerda
Daniel Alves ficará preso até o fim das investigações

O pedido de liberdade provisória do jogador Daniel Alves foi rejeitado nesta terça-feira, 21, pelo Tribunal de Barcelona. A Justiça espanhola deu a negativa justificando que há o risco do atleta brasileiro fugir se for solto. Daniel, que é acusado de estupro por uma mulher de 23 anos, deve permanecer preso durante todo o processo de investigação. No recurso, o advogado Cristóbal Martell alegou que o lateral-direito concordou em entregar seu passaporte e se dispôs a usar uma pulseira eletrônica para ser monitorado em liberdade provisória. O jogador também se comprometeu a comparecer no tribunal na frequência exigida pela Justiça e a manter uma distância mínima de 500 metros da mulher que fez a denúncia. Na visão de Eduardo Navarro, Myriam Linage e Carmen Guil, juízes responsáveis pelo caso, essas medidas não garantem que o brasileiro não tentará fugir da Espanha, pois deve ter ciência de que se for condenado, poderá pegar uma pena de longa duração. Caso conseguisse retornar ao Brasil, a Justiça espanhola não teria como prendê-lo se condenado.

A corte espanhola também alegou que há indícios consideráveis de que Daniel Alves cometeu o crime e que sua fortuna facilitaria uma eventual fuga, mesmo em caso de uma fiança de alto valor. O jogador de 39 anos completou um mês na prisão na segunda-feira, 20. Ele foi detido em janeiro ao prestar depoimento sobre o caso da suposta agressão sexual que aconteceu em 30 de dezembro contra uma mulher. O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do jogador, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a suposta vítima em um banheiro da área VIP, conforme divulgado pelo jornal El Periódico. As contradições apresentadas por Daniel Alves em seu depoimento teriam sido decisivas para a ordem de prisão, no mês passado. 

*Com informações do Estadão Conteúdo.