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O que esperar do show do Twenty One Pilots, substituto do Blink-182 no Lollapalooza

Duo veio ao Brasil no ano passado e levantou o Allianz Parque, mas o estilo musical desagrada à maioria dos fãs que aguardava a vinda do trio californiano

Frazer Harrison / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Duo americano Twenty One Pilots é dono de grandes hits da década passada, como ‘Ride’ e ‘Stressed Out’

Não é exagero dizer que a atração mais aguardada do Lollapalooza Brasil 2023 era a banda norte-americana Blink-182, que faria seu primeiro show no Brasil em toda a carreira. Os fãs contavam as horas para que os californianos subissem no principal palco do Autódromo de Interlagos para tocar clássicos como “All The Small Things”, “Firts Date” e “Dammit”. Entretanto, o trio foi forçado a cancelar a apresentação após o baterista Travis Barker quebrar o dedo. Como a banda era uma das headliners, a organização do festival foi atrás de outro grande nome do rock, trazendo o Twenty One Pilots, um dos grandes da última década, dono de hits como “Ride”, “Stressed Out” e “Heathens”. O duo já esteve no Brasil em outras três oportunidades, tocando em duas edições do Lollapalooza. A primeira foi em 2016, e a segunda, em 2019. A última visita do Twenty One Pilots foi em 2022, quando se apresentou no festival GPWeek, em São Paulo.

A entrada da banda no line-up do festival foi anunciada no dia 1º de março e gerou reações mistas no público. Nos comentários da publicação no Twitter, fãs do Blink-182 que tentavam desesperadamente vender os ingressos já comprados se misturavam com fãs do duo, que comemoravam a inclusão da banda no evento. No Instagram, os seguidores do perfil oficial do festival exaltaram a capacidade da organização em trazer um “headliner de peso”, mas criticaram a escolha da banda pela falta de semelhanças com o Blink. “Por que não colocaram outra banda com o apelo semelhante? Um New Found Glory, All Time Low, Goldfinger, Yellowcard, Offspring… Sei lá, mais próximo do apelo nostálgico/musical? Poxa, Lolla”, exclamou uma das fãs. “Colocar Twenty One Pilots para substituir Blink foi a maior canalhice. Estou tentando assistir ao show deles e não dá, não tem nada a ver com o público que comprou ingresso para ouvir música de 20 anos atrás”, reclamou outra. Ou seja, é provável que os mais insatisfeitos não recebam bem a banda escolhida para substituir um dos maiores conjuntos de pop-punk do planeta.

Apesar das reclamações de quem já havia comprado, a expectativa é de que o Twenty One Pilots faça um grande show, já que possui uma grande base de fãs no Brasil. Como o grupo encerrou os shows da era “Scaled and Icy”, seu último álbum, na apresentação no GPWeek, ainda não está certo qual será o repertório. Os grandes hits certamente estarão presentes. Por se tratar de uma apresentação fora de turnê, é possível que a banda use menos canções de seus trabalhos mais recentes e aposte em músicas mais consagradas. No último show em São Paulo, Tyler Joseph e Josh Dun interagiram bastante com o público e levantaram o Allianz Parque. Teve até solo de “Aquarela do Brasil” no saxofone.

Entretanto, como os fãs comentaram no anúncio da mudança de line-up, o estilo musical da banda — que flutua entre o hip hop alternativo, a música eletrônica, o indie e o pop rock — difere do apresentado pelo Blink-182, que bebe na fonte do punk rock. O Twenty One Pilots também se apresenta nas edições do Lollapalooza na Argentina e no Chile, onde repete a substituição do trio californiano. O duo desembarcou em Buenos Aires nesta sexta-feira, 17.