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Casares fala de clima no São Paulo após atrito entre Rogério Ceni e Marcos Paulo; confira

Presidente são-paulino também explicou a reformulação no departamento médico e informou como o clube atuará no mercado da bola

VICTOR MONTEIRO /PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Julio Casares bancou Rogério Ceni após a queda do São Paulo no Paulistão

Os bastidores do São Paulo não foram nada tranquilos na última semana. Além da queda no Campeonato Paulista e a reformulação no departamento médico, o clube viu o treinador Rogério Ceni se desentender com o atacante Marcos Paulo, gerando insatisfação de parte do elenco. Apesar desta sequência de acontecimentos, o presidente Julio Casares garante que o ambiente no CT da Barra Funda está tranquilo. “Quem vive na bola, no futebol, sabe que é normal, no vestiário, no jogo, no treino, ter cobranças mais ásperas, duras. Isso é normal. Normal, às vezes, um jogador ou outro ter uma posição. E o diálogo é importante. Não foi nessa potencialização como mostraram. Foi uma conversa do elenco, acho produtivo, Rogério achou produtivo, elenco achou produtivo, mas nada além que uma cobrança normal do dia a dia do futebol”, afirmou o mandatário, em entrevista ao canal do jornalista André Hernan. “Sinto no dia a dia que as coisas estão tranquilas, claro que futebol é dinâmico e a relação humana deve ser aprimorada todos os dias. Isso é uma dinâmica normal e todos nós devemos investir no melhor relacionamento, mas o que vejo no treinamento, e estou aqui todos os dias, é um clima muito bom”, acrescentou.

O conflito entre Ceni e Marcos começou após o atacante curtir críticas de torcedores ao treinador em sua conta no Instagram. Na reapresentação após a eliminação para o Água Santa, o técnico cobrou o jogador de maneira constrangedora, criando uma insatisfação do elenco. Segundo o jornalista Gabriel Sá, do Grupo Jovem Pan, líderes do plantel pediram a demissão de Ceni. Esta possibilidade, de acordo com Julio Casares, não foi cogitada. “Em nenhum momento. Nós prezamos pelo profissionalismo, a longevidade do técnico, trabalho a longo prazo. No caso do Rogério, perdeu muitos jogadores por contusões, a maioria contusões traumáticas, de jogadores protagonistas”, assegurou o presidente. “O São Paulo experimentou uma fórmula nos últimos seis anos, salvo engano, trocamos nove, 10 técnicos. Deu certo? Temos de ter pés no chão, tranquilidade e muita serenidade”, continuou.

Quanto às mudanças no departamento médico, o mandatário são-paulino disse que a reformulação não tem ligação com o altíssimo número de lesionados na temporada 2023. “É um trabalho que vem sendo preparado há muito tempo. Temos departamento de excelência médica, os profissionais que hoje estão no CT estavam em Cotia estavam sendo preparados. Tínhamos tudo planejado para fazer após o Paulista. Como veio a desclassificação e temos quase um mês de inatividade em termos de jogo, resolvermos antecipar. Não há nenhum tipo de ataque pontual, achar um culpado. É algo planejado. Importante esses novos profissionais, sem abrir mão do conhecimento histórico e técnico do dr. [José] Sanchez, estarem aqui presentes”, declarou. Já sobre reforços, Casares afirmou que não fará “loucuras” no mercado da bola. “O São Paulo contratou nove jogadores. Mudou um ciclo e atendeu às características de posições que o Rogério precisava. Temos restrições financeiras e não vamos fugir disso. Podemos ter oportunidades e as oportunidades são analisadas. Mas, neste momento, não podemos falar nada.”