Santos se manifesta após atletas do clube serem citados em esquema de jogos manipulados
Dois jogos da equipe apareceram em investigação do Ministério Público de Goiás na segunda fase da ‘Operação Penalidade Máxima’ divulgada nesta terça-feira, 18
Nesta terça-feira, 18, uma nova fase da ‘Operação Penalidade Máxima‘, do Ministério Público de Goiás, que investiga jogos manipulados e envolvidos em esquema de apostas no futebol brasileiro, foi revelada. Nessa segunda fase, jogos da Série A do Campeonato Brasileiro masculino 2022 estão sendo investigados, entre eles, duas partidas do Santos. Em Santos x Avaí, do dia 5 de novembro, na Arena Barueri, o MP investiga uma tentativa de cooptação de atleta do Santos para tomar cartão amarelo. Na partida, três santistas foram advertidos: Luiz Felipe, Rodrigo Fernandes e Vinicius Zanocello. O segundo jogo é Santos x Botafogo, do dia 10 de novembro, no Nilton Santos, e um atleta teria sido cooptado para levar cartão vermelho. O único jogador expulso foi Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos, após o apito final. Os jogadores teriam recebido ofertas de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Importante ressaltar que a investigação do MP não cita nome e também não investiga o clube, e sim os jogadores. Em nota, o Santos disse que confia em seus atletas e não concorda com atitudes antidesportivas. O clube ressalta que ainda não foi procurado pelas autoridades, mas está aberto para colaborar nas investigações (leia a íntegra abaixo).
Outros quatro jogos da Série A também foram citados na nova fase: Red Bull Bragantino x América-MG (05/11) com suspeita de aliciamento de jogador do Bragantino para cartão amarelo; Goiás x Juventude (05/11) com suspeita de aliciamento de dois atletas para levar cartão amarelo; Cuiabá x Palmeiras (05/11) um jogador do Cuiabá teria sido aliciado para tomar amarelo e em Juventude x Palmeiras (10/9) suspeita de aliciamento para tomar amarelo. Partidas de Estaduais, entre eles o Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, deste ano também estão na investigação. Mandado de prisão e busca e apreensão foram realizados em 16 municípios de seis estados em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP). O zagueiro da Chapecoense, Victor Ramos, também foi citado e ao clube emitiu nota demonstrando apoio ao jogador.
Confira abaixo a íntegra da nota do Santos:
Nesta terça-feira (18), o Santos Futebol Clube tomou conhecimento, pela mídia, da segunda fase da Operação Penalidade Máxima, na Série A, e reforça o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer envolvimento com manipulação do andamento natural da partida. Reiteramos confiança total em nossos atletas, prezamos pela ética e pela moral do Clube e não concordaremos com atitudes totalmente antidesportivas. Até o momento, o Santos não foi procurado pelas autoridades, mas se coloca previamente à disposição para colaborar com as investigações, certo de que a Justiça será feita. O Santos acompanhará o caso e aguardará as conclusões para se pronunciar a respeito, caso seja necessário.