Confira quais jogadores já foram afastados por suspeita de envolvimento em manipulação de jogos
Clubes da Série A do Campeonato Brasileiro começaram a tomar medidas após avanço da Operação Penalidade Máxima II, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás
Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro começaram a tomar medidas após o avanço da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás. Até o momento, Santos, Fluminense e Cruzeiro afastaram jogadores suspeitos de participar de um esquema de manipulação de jogos para lucro com apostas esportivas. Por enquanto, a Justiça de Goiás já tornou 16 pessoas réus. Há a expectativa que mais atletas entrem na mira no MPGO. A ação investiga uma possível manipulação de resultados em 13 partidas de futebol: 8 do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, 1 da Série B de 2022 e 4 de campeonatos estaduais realizados em 2023. Os casos investigados envolvem apostas por lances específicos, como cartões amarelos e vermelhos, além de pênaltis. Abaixo, veja quem já foi afastado das equipes da elite do futebol nacional.
Eduardo Bauermann (Santos)
O primeiro jogador da Série A de 2023 a ser afastado foi o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos. Em comunicado publicado nesta terça-feira, 9, o Peixe avisou que o defensor permanecerá fazendo atividades físicas no CT Rei Pelé, mas que não entrará em campo nos próximos jogos. Na noite da última segunda-feira, a revista “Veja” revelou prints de conversas do atleta com um apostador de uma quadrilha especializada em manipular jogos do futebol nacional para lucrar com apostas esportivas. De acordo com o MPGO, Bauermann teria recebido pelo menos R$ 50 mil para levar um cartão amarelo no duelo contra o Avaí, no Brasileirão 2022, algo que não aconteceu. Cobrado pelo criminoso, o santista aceitou outra aposta: ser expulso no contra o Botafogo na partida seguinte. O zagueiro até tomou o cartão vermelho, mas apenas após o confronto, o que irritou ainda mais o apostador. Oficialmente, o atleta diz ser inocente.
Vitor Mendes (Fluminense)
O Fluminense foi o segundo clube a tomar uma mediada, afastando o zagueiro Vitor Mendes das atividades nesta quarta-feira, 10. O nome do defensor não consta na denúncia que o Ministério Público de Goiás ofereceu à Justiça. O jogador, no entanto, aparece em prints de conversas entre apostadores, divulgadas pelo site “GE.com” nesta terça-feira. Segundo a matéria, há suspeitas de que Vitor Mendes teria recebido R$ 35 mil para tomar um cartão amarelo na partida entre o Juventude, então o time que defendia, e o Fortaleza, no Brasileirão do ano passado. Contratado pelo Fluminense por empréstimo, o zagueiro é reserva na equipe comandada por Fernando Diniz, mas costuma entrar durante as partidas.
Richard (Cruzeiro)
O Cruzeiro comunica que o atleta Richard está afastado preventivamente das atividades da equipe de futebol profissional.
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) May 10, 2023
Uma reportagem do “GE” também fez com que o meio-campista Richard, do Cruzeiro, se afastasse do Cruzeiro. Na época no Ceará, o volante e o lateral Nino Paraíba teriam recebido R$ 40 mil cada para receber cartões amarelos no duelo contra o Cuiabá, pelo Brasileiro 2022. Por causa da matéria, a Raposa avisou que o atleta está “afastado preventivamente das atividades”. O jogador, assim como Vitor Mendes, não consta na denúncia que o Ministério Público de Goiás ofereceu à Justiça.
Pedrinho (Athletico)
O lateral Pedrinho, do Athletico-PR, é outro que ainda não é investigado, mas foi citado pelo MP nas conversas obtidas pela investigação. Segundo a apuração, o jovem de 20 anos pode ter recebido quase R$ 100 mil para ser advertido com um amarelo no embate contra o Cuiabá, no Brasileiro do ano passado. Em nota, o Furacão afirmou que afastará o atleta “até que os fatos divulgados nesta quarta-feira (10) sejam rigorosamente apurados”. Pedrinho seria titular no embate contra o Internacional, nesta quarta-feira, 10, pela quinta rodada do Nacional.