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Presidente da CBF revela caso de racismo durante convocação da seleção brasileira

Ednaldo Rodrigues não deu detalhes sobre o ocorrido, mas ressaltou que pretende acionar o departamento jurídico da entidade para cuidar do caso

Rafael Ribeiro/Flickr/CBF
Ednaldo Rodrigues é o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, afirmou na sede da entidade neste domingo, 28, que houve um caso de racismo durante a convocação da seleção brasileira – Ramon Menezes, técnico interno, convocou os atletas que irão representar o Brasil nos jogos contra Senegal e Guiné. Enquanto comentava sobre a situação de preconceito sofrida pelo atacante do Real Madrid, Vinícius Júnior – vítima de racismo na última semana ao jogar contra o Sevilla, no estádio Mestalla, após ouvir os torcedores rivais o chamando de macaco -, o cartola preferiu não dar detalhes do ocorrido ou falar sobre quem praticou o ato criminoso, mas ressaltou que irá acionar o departamento jurídico do órgão para que o acusado seja acionado. “Isso foi importante, o Vinicius Junior tem agradecido muito, tanto ele quanto seus empresários. Eu resisto, comecei a sofrer racismo desde os oito anos, tenho 60 anos e sofro. A gente sofre em qualquer momento, aqui dentro do auditório hoje teve racismo, tem situações em que a pessoa… Junto com o jurídico da CBF vamos procurar ver o que é possível para colocar de uma forma pública no site da entidade esses racistas, para que eles não fiquem no meio de pessoas de bem e que estão pregando o combate ao racismo e eles praticando”, afirmou. O mandatário também falou sobre o amistoso do Brasil contra a Guiné, que ocorrerá na Espanha – país que Vinícius Júnior sofreu racismo em partidas jogadas pela equipe do Real Madrid. Segundo Ednaldo, as negociações para a realização do jogo são anteriores ao caso de racismo sofrido por Vini. “Quando questionaram por que seria na Espanha (o amistoso contra Guiné), onde houve racismo, primeiro: estávamos tratando o jogo na Espanha há 60 dias. Quando acontece uma questão de racismo, aqueles que sofrem não vão para debaixo da cama com medo, vai ter que enfrentar. E enfrentar o racista em seu reduto é a melhor coisa para passar a mensagem com vigor”, pontuou.