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Árbitro da final da Liga dos Campeões explica ida a evento de extrema direita 

Marciniak participou do evento ‘Everest’, organizado por Slawomir Mentzen, líder de um grupo da Polônia que é ‘contrário a judeus, gays, aborto, tributação e a União Europeia’

JUAN MABROMATA / AFP
Szymon Marciniak será o árbitro da final da Copa do Mundo

Um dos principais árbitros da Europa e escalado para trabalhar na partida entre Manchester City e Inter de Milão, pela final da Liga dos Campeões, o polonês Szymon Marciniak precisou dar explicações após participar de um evento de extrema direita em seu país. Ao site oficial da Uefa, o juiz afirmou que a palestra concedida na última segunda-feira, 29, seria para um grupo extremista. “Quero expressar minhas mais profundas desculpas pelo meu envolvimento e qualquer aflição ou dano que possa ter causado. Eu não sabia que estava associado a um movimento polonês de extrema-direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite. É importante entender que os valores promovidos por este movimento são totalmente contrários às minhas crenças pessoais e aos princípios que busco defender em minha vida. Estou profundamente arrependido por qualquer percepção de que minha participação possa tê-los contradito”, comentou.

Marciniak participou do evento “Everest”, organizado por Slawomir Mentzen, líder de um grupo da Polônia que é “contrário a judeus, gays, aborto, tributação e a União Europeia”. Apesar da repercussão, Uefa e Fifa decidiram manter o árbitro para a decisão, marcada para o dia 11 de junho, em Istambul, na Turquia. Considerado um dos principais juízes de futebol do mundo, o polonês apitou a final da última Copa do Mundo, que terminou com vitória nos pênaltis da Argentina sobre a França, no Catar.