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Diniz explica como vai conciliar seleção brasileira e Fluminense e exalta Neymar: ‘Quase uma aberração’

Treinador ainda falou que seu trabalho não terá interferência de Carlo Ancelotti

Reprodução/CBF TV
Fernando Diniz foi apresentando como novo técnico da seleção brasileira

Fernando Diniz foi apresentado oficialmente como novo treinador da seleção brasileira, nesta quarta-feira, 5, no Rio de Janeiro. No acordo com a CBF, válido por um ano, ficou combinado que o técnico continuará à frente do Fluminense, assumindo a Canarinho apenas nos períodos de Data Fifa. Em entrevista coletiva, o comandante explicou como fará esse “trabalho duplo”. “Eu vou me dedicar 100% onde estiver. Quando estiver no Fluminense, dedicação total. Quando estiver trabalhando na Seleção, principalmente nas Datas Fifas, vou me dedicar totalmente. Obviamente pode acontecer no meio do caminho ter que fazer um ajuste ou outro. Mas a dedicação será máxima nas duas funções”, explicou. Diniz anda negou qualquer tipo de problema com “conflito de interesse” nas convocações. “Eu vou convocar, quando estiver trabalhando na CBF, e procurar o melhor para a CBF. Vou analisar o futebol brasileiro todo e tomar a melhor decisão possível. Em toda convocação, sempre tem alguém questionando. Mas isso não pode ser baseado na falta de ética”, acrescentou.

Perguntado sobre Neymar, camisa 10 da seleção brasileira nas últimas três Copas do Mundo, Diniz afirmou que conta com o craque e fez questão de elogiá-lo. “Em relação ao Neymar. A palavra que me vem é quase que uma aberração. É um super talento, que demora muito para nascer outro. O Brasil tem a sorte de aparecer jogadores assim de tempos em tempos. Temos que aproveitar o talento do Neymar”, comentou o técnico, que pensa em convocar os melhores jogadores do momento, e não no projeto Copa 2026. “Minha ideia é convocar melhores jogadores para ganhar o próximo jogo. Obviamente que você pode, nesse processo, convocar jogadores para preparar e sentir ambiente da Seleção. Mas para mim é convocar o que tem de melhor. Se tiver espaço para trazer alguns jogadores para ir ambientando, pode ser que isso aconteça”, complementou.

Segundo a CBF, a ideia é que o italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, assuma o comando da seleção brasileira no ano que vem, no início da Copa América – o comandante, entretanto, ainda não assinou qualquer compromisso com a entidade brasileira. Segundo Fernando Diniz, o europeu não terá interferência em se trabalho. “Não conheço o Ancelotti. E uma condição muito clara para eu fazer meu trabalho é ter autonomia e liberdade total para fazer o que tenho que fazer, inclusive a convocação. Não vai ter interferência nenhuma. Tenho liberdade total”, declarou. Já sobre a dificuldade para implantar seu estilo de jogo na Canarinho, Diniz afirmou que não vê muito problema. “Eu acho que interfere, você ter menos tempo, mas as coisas básicas a gente consegue passar em pouco tempo o alicerce para difundirmos aos poucos a ideia. Com pouco tempo, não só no Fluminense, mas em outros clubes que trabalhei, já conseguimos colocar alguma coisa do nosso trabalho”. Os primeiros compromissos do Brasil com o novo técnico acontecem nos dias 4 e 12 de setembro, respectivamente, contra Bolívia, em local a definir, e Peru, em Lima, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.