Ceni diz que pretende ficar no São Paulo em 2023, defende elenco e projeta mudanças
Apesar da declaração, o treinador também afirmou que o Tricolor precisa de um elenco mais forte, com jogadores de características diferentes, para ter mais chances de conquistar títulos
Rogério Ceni durante partida do São Paulo no Morumbi
Rogério Ceni afirmou neste domingo, 9, que pretende cumprir seu contrato com o São Paulo, válido até o fim de 2023. Apesar disso, o treinador afirmou que o clube precisa de um elenco mais forte, com jogadores de características diferentes, para ter mais chances de conquistar títulos na próxima temporada. “Pretendo cumpri-lo. Eu gostaria de cumprir até o ano que vem. Nada impede que eu saia antes, tem uma multa bilateral no contrato. O clube pode querer que eu não fique. Quantos treinadores fecham o ano? Três ou quatro que conseguiram terminar e começar o ano. Se não tivermos opções e times que consigam competir, as pessoas não querem saber o momento, as dívidas. As pessoas querem saber se ganha ou não ganha. Se ganha, é bom. Se não ganha, não serve. Não é uma coisa só minha. Nós temos que apresentar resultados. Se não apresentar, não faz sentido nem para o clube e nem pra mim continuar”, disse o técnico, em entrevista concedida após a derrota para o Botafogo, em pleno Morumbi. “Não existe uma certeza por parte de ninguém. Todos querem (permanência). O clube quer que eu fique. Eu também quero ficar. Nós temos só que reunir melhores condições para que o clube possa trabalhar bem, e eu entregar bons resultados. Treinador que não entrega bons resultados, infelizmente, não serve”, continuou.
No revés para o Botafogo, os jogadores do São Paulo foram chamados de “pipoqueiros” por parte da torcida, que ainda lamenta o vice-campeonato da Copa Sul-Americana, no dia 1º de outubro, diante do Independiente del Valle. Perguntado sobre o tema, Rogério Ceni saiu em defesa dos atletas. Apesar disso, o treinador reconheceu que algumas mudanças ocorrerão na próxima temporada. “O meu trabalho no dia a dia não muda, a cabeça de cada um, mas os meninos são bons de trabalho, não tenho reclamações, estão lá, sempre no horário, trabalho firme, pesado. No mundo ideal as coisas deveriam rodar redondas, mas dificuldades os clubes atravessam, mas eles têm se mostrado sempre interessados. Estou trabalhando com eles todo os dias. Entrego o máximo de esforço, chego cedo, entrego as informações possíveis. Tem jogadores em fim de contato, que vence no fim de ano, que ainda não renovaram, me parece difícil que fiquem. Saídas acontecerão, o clube, que é mais importante, vai ficar. Vamos tentar a vaga na Libertadores, temos jogo a menos, que pode nos dar sobrevida”, completou.