Eduardo Bauermann, do Santos, é um dos investigados da operação que apura manipulação no Brasileirão
Defensor do Peixe e outros oito jogadores foram alvos de uma operação de busca e apreensão na última terça-feira, 18
O zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, é um dos investigados na “Operação Penalidade Máxima”, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apura jogos manipulados e envolvidos em esquema de apostas no futebol brasileiro. Na última terça-feira, 18, o defensor e outros oito jogadores foram alvos de uma operação de busca e apreensão – os nomes dos atletas não foram divulgados. Apesar disso, o MP-GO informou que 6 partidas da Série A do Brasileirão 2022 estão sob suspeita, sendo duas envolvendo o Peixe. Na primeira, diante do Avaí, em 5 de novembro do ano passado, um atleta teria sido procurado pelo grupo criminoso para levar um cartão amarelo. Na ocasião, Luiz Felipe, Rodrigo Fernández e Vinicius Zanocelo foram advertidos. Depois, no dia 10 do mesmo mês, contra o Botafogo, um jogador foi assediado para receber o cartão vermelho. Bauermann foi expulso após o fim do confronto por reclamação com o árbitro Braulio da Silva Machado. Além destes jogos, os outros duelos do Nacional que estão no radar das autoridades são: Red Bull Bragantino x América-MG, Goiás x Juventude, Cuiabá x Palmeiras e Juventude x Palmeiras. Há ainda seis partidas válidas por Estaduais de 2023 que estão na mira dos investigadores.
Em nota, o Santos afirmou que Eduardo Bauermann conversou com a direção e explicou que negou a proposta para participar do esquema. Segundo o Alvinegro praiano, o zagueiro receberá respaldo da equipe jurídica do clube e continuará trabalhando normalmente. “Em conversa com o presidente Andres Rueda, o técnico Odair Hellmann e o coordenador de esportes, Paulo Roberto Falcão, o atleta explicou da tentativa de aliciamento, que negou prontamente a proposta e já se colocou à disposição da Justiça. O Clube segue confiando em seus atletas, já colocou seu Departamento Jurídico para auxiliar Eduardo Bauermann, que treinou normalmente com o elenco nesta quarta-feira no CT Rei Pelé e está relacionado para o jogo de quinta-feira, diante do Audax Italiano, pela Conmebol Sul-Americana, na Vila Belmiro”, diz um trecho do comunicado.
Segundo o Ministério Público de Goiás, os atletas envolvidos receberiam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil por pênaltis cometidos, escanteios e cartões amarelos e vermelhos nas partidas. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, sendo 1 em Goiás (um jogador de futebol em Goianira), 3 no Rio Grande do Sul, 3 em Santa Catarina, 1 no Rio de Janeiro, 2 em Pernambuco e 10 em São Paulo. Também foram cumpridos 3 mandados de prisão em São Paulo (nenhum contra jogador). Nos locais das prisões foram encontradas e apreendidas duas armas de fogo e granadas de efeito moral. O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Rodney da Silva, esclareceu que os investigados, caso sejam denunciados e as denúncias aceitas pela Justiça, irão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção (de acordo com o Estatuto do Torcedor) e ainda lavagem de dinheiro.
Leia do Santos na íntegra:
O Santos Futebol Clube informa que tomou conhecimento, pelo próprio Eduardo Bauermann, que o jogador é um dos investigados na segunda fase da Operação Penalidade Máxima. Em conversa com o presidente Andres Rueda, o técnico Odair Hellmann e o coordenador de esportes, Paulo Roberto Falcão, o atleta explicou da tentativa de aliciamento, que negou prontamente a proposta e já se colocou à disposição da Justiça.
Uma audiência já está marcada para ele prestar seu depoimento. O Clube segue confiando em seus atletas, já colocou seu Departamento Jurídico para auxiliar Eduardo Bauermann, que treinou normalmente com o elenco nesta quarta-feira no CT Rei Pelé e está relacionado para o jogo de quinta-feira, diante do Audax Italiano, pela Conmebol Sul-Americana, na Vila Belmiro.