Esportes

Maior artilheiro em uma Copa do Mundo, Just Fontaine morre aos 89 anos

Nascido em Marrakech, no Marrocos, o atacante se destacou no Casablanca antes de fazer história em clubes da França e na seleção francesa

PASCAL PAVANI / AFP
Just Fontaine, maior artilheiro em uma edição de Copa do Mundo, morreu aos 89 anos

Maior artilheiro em uma Copa do Mundo, com incríveis 13 gols marcados na edição de 1958, o ex-jogador Just Fontaine morreu na madrugada desta quarta-feira, 1º, em Toulouse, aos 89 anos. A notícia foi confirmada pela Federação Francesa de Futebol (FFF), que não informou a causa do óbito. Nascido em Marrakech, no Marrocos, o atacante se destacou no Casablanca entre 1950 e 1953 antes de se transferir para o Nice. No time francês, o jovem seguiu brilhando, participando da conquista da Copa da França (1954) e registrando 52 gols em 83 partidas. Após três temporadas, foi comprado pelo Reims, onde viveu seu melhor momento por clubes. Em seis anos (1956 a 1962), o goleador balançou as redes 145 vezes em 152 jogos. Mais do que isso, venceu o Campeonato Francês em três ocasiões, além do bi da Supercopa da França e outra Copa da França. Durante este período, também viveu o auge defendendo a seleção da França, já que entre 1912 e 1956, a região que hoje compreende o Marrocos ficou sob um protetorado francês. Com os “Blues”, fez história ao marcar 13 vezes no Mundial disputado na Suécia, levando o país europeu ao terceiro lugar.

Apesar do grande sucesso, Fontaine precisou encerrar a carreira precocemente, em 1962, após sofrer várias lesões provocadas por uma forte entrada ocorrida no Campeonato Francês. Por conta disso, participou apenas do Mundial de 1958. Ainda assim, ele detém o status de quarto maior goleador em Copas, atrás apenas do alemão Miroslav Klose (16), do brasileiro Ronaldo Fenômeno (15) e do também germânico Gerd Muller (14). Atual campeão com a Argentina, Lionel Messi também chegou aos 13 com a bela exibição no Catar. Depois de “pendurar as chuteiras”, Fontaine ainda trilhou sua trajetória como treinador, mas sem ter muito sucesso. Além de treinar a França em apenas duas partidas, o ex-jogador não conquistou títulos no Luchon (1968 e 1969), PSG (1973 a 1976), Toulouse (1978 a 1979) ou na própria seleção do Marrocos (1980). Seu melhor resultado como comandante foi colocar o time de Paris na 1ª divisão, além de um terceiro lugar na Copa da África de 1980 com os marroquinos.